De acordo com o Jornal Nacional (Rede Globo) de ontem, a Polícia Federal reconduziu dois delegados que teriam sido afastados da Operação Satiagraha. Durante uma reunião na sede da PF em São Paulo, Carlos Eduardo Pellegrini e Karina Murakami Souza teriam sido convidados a continuar no caso.
Conforme ressaltou o telejornal, os delegados ouviram de um diretor que era preciso desfazer o mal estar provocado pelas noticias publicadas a respeito do afastamento de policiais.
Contudo, o delegado responsável pela Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz, não teria sido convidado para retornar.
Ontem, após uma reunião entre o presidente Lula, o ministro Tarso Genro (Justiça), e o diretor-geral da Polícia Federal em exercício, Romero Menezes, a PF divulgou trechos do diálogo em que Protógenes discute a sua saída da investigação com a cúpula da entidade. (leia mais)
Na conversa, ocorrida na última segunda-feira (14), na sede da PF em São Paulo, Protógenes diz que não tem intenção de permanecer na coordenação do caso. Por outro lado, ao longo dos trechos liberados pela PF, não há a confirmação de que o delegado pretende se afastar definitivamente do inquérito.
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"Até mesmo depois da academia eu não pretendo. A minha proposta é: eu fico até o final da operação, porque eu criei uns problemas para os meus colegas delegados, criei um grande problema, e eu acredito que para você também, e a minha proposta é essa. É permanecer a minha vinculação no seu gabinete à sua disposição até o final dos trabalhos, pra não ficar aquela pecha de que Brasília vem fazer operação nos Estados e deixa no meio do caminho. As minhas nunca ficaram no meio do caminho. As minhas nunca ficaram. E, a exemplo dessa, não vai ficar", afirma Protógenes e acrescenta em seguida: “Com um diferencial, eu não vou estar presidindo. Eu não pretendo presidir nenhuma investigação”.
Responsável por prender, na semana passada, o dono do grupo Opportunity, Daniel Dantas; o investidor Naji Nahas; e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, a Operação Satiagraha investiga supostos crimes financeiros, formação de quadrilha e tráfico de influência.
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