O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) decidiu entrar com representação contra a Polícia Federal e o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha. O parlamentar alega que houve vazamento de informações envolvendo o seu nome.
Os advogados de Heráclito, que terão acesso hoje aos autos do inquérito, farão representação junto ao Ministério Público, Corregedoria da Polícia Federal e Ministério da Justiça. O nome do congressista piauiense, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, é citado em grampos da PF.
Segundo o parlamentar, a representação terá como objetivo "acabar com a esquizofrenia e com as ilações" feitas a partir de conversas que ele teve com pessoas investigadas na Operação Satiagraha.
Conforme antecipou o Congresso em Foco, Heráclito pediu a extensão do habeas corpus preventivo concedido ao banqueiro Daniel Dantas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). (leia mais)
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O pedido de extensão 99829/2008 foi feito no último dia 16. Em grampos autorizados pela Justiça, interlocutores do grupo de Dantas citam Heráclito como um senador que ajudava a atuação do Opportunity. No dia 27 de maio de 2008, como mostrou hoje o Congresso em Foco, o suposto lobista Guilherme Sodré diz que o parlamentar “é amigo”.
“Eu to lhe dizendo que eu não acredito que ele fez exatamente assim, ele não é uma pessoa irresponsável… é amigo, ta certo, me ligou hoje preocupado com a situação que a gente ta vivendo…”, afirmou Sodré ao sócio do Opportunity Arthur de Carvalho, em telefonema interceptado pela Polícia Federal.
A operação policial prendeu o banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Oportunitty, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que eles fossem liberados. Os três são acusados de participarem de um esquema bilionário de crimes financeiros. (Rodolfo Torres)
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