Chegou a 32 o total de mortos em São Paulo desde sexta-feira em razão da série de ataques feitos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) contra policiais, guardas civis, delegacias e instalações das polícias civil e militar.
O balanço das ocorrências, que tiveram grande destaque na imprensa mundial, mostra até agora que já foram cometidos 69 atentados. Mais de 24,4 mil presos, em 25 presídios, se rebelaram e fizeram pelo menos 174 reféns. Até o momento, 27 pessoas ficaram feridas. Já foram controladas as rebeliões deflagradas em Presidente Prudente, Serra Azul, Itirapina, Avaré, Iaras e Guareí.
Somente em fevereiro de 2001, quando 25% dos 94 mil detentos do estado se rebelaram, São Paulo enfrentou uma onda mais violenta de motins nas unidades prisionais. Mas o número de mortos registrado à época (16) ficou abaixo do verificado durante o movimento ainda em curso.
Lula: falta investimento social
Em Viena, onde participou da 4ª Cúpula União Européia, América Latina e Caribe, o presidente Lula lamentou os ataques e os atribuiu à falta de investimento em políticas sociais. "O problema da violência no Brasil é que durante 50 anos, quando se falava em investimento em educação se falava em gasto. Na hora em que você não investe em uma escola, você vai ter de investir depois em uma cadeia. É só vocês analisarem quanto custa um jovem na Febem e um jovem na escola", afirmou.
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Perguntado se era uma crítica ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), Lula respondeu: "Eu não estou nominando ninguém, eu não vou nominar. É uma cultura brasileira de confundir investimento em educação com gasto. De investir em política social como gasto."
Mas, indiretamente, atingiu Alckmin ao criticar o "choque de gestão" defendido pelo pré-candidato tucano: "De vez em quando, se cria a seguinte coisa: precisamos ter um choque de gestão, choque de gestão significa cortar gasto, significa mandar gente embora e eu prefiro utilizar um choque de inclusão".
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