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Dilma, por sua vez, questionada sobre as supostas contribuições via caixa dois para a campanha de 2014, nega todas as denúncias. “Se eu paguei R$ 70 milhões [oficialmente a Santana], onde é que está o caixa dois”, indagou a presidente em entrevista. Ela disse também que se considera amiga de Santana. “Eu acho que ele é uma pessoa com um caráter muito bom, uma pessoa correta. Eu não nego que tenho amigo quando o amigo fica na dificuldade, não. Ele é meu amigo”, afirmou.
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também citou o uso de caixa dois por parte da campanha de Dilma. Em nota, divulgada à época, a presidente questionou o fato e avaliou como “curioso” que aqueles que se mantiveram distantes da coordenação da campanha presidencial possam “dar informações de como foram pagos e contabilizados os recursos arrecadados legalmente para a sua realização”. Disse ainda que “os valores destinados ao pagamento do publicitário, conforme indica a prestação de contas, demonstram por si só a falsidade de qualquer tentativa de que teria havido outro pagamento não contabilizado para a remuneração dos serviços prestados”.
João Santana
Preso desde fevereiro em Curitiba, João Santana está trabalhando na faxina do complexo penal em que está detido. Ele tenta ainda, segundo a Folha, dar aulas de inglês. A cada dois dias trabalhados, os presos tem descontados um dia da pena que têm a cumprir.
João Santana foi responsável pelas últimas campanhas de Lula e Dilma e trabalhava, antes de ser preso pela 23ª fase da Operação Lava Jato, na reeleição do presidente dominicano Danilo Medina. O publicitário e sua esposa são acusados de ter recebido US$ 7,5 milhões de origem ilícita no exterior por meio do lobista Zwi Skornicki e de offshores ligadas à empreiteira Odebrecht.
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