Fábio Góis
O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz formalizou há pouco sua filiação ao PSC, na liderança do partido no Senado. Acompanhado de cerca de 50 militantes, Roriz foi recebido por deputados e pelo terceiro secretário da Casa, Mão Santa (PSC-PI), que aderiu à legenda na última quarta-feira (30). Os dois deixaram o PMDB para poder disputar as eleições de 2010.
Os partidários de Roriz movimentaram a rotina do Senado, com palavras de ordem que tiravam servidores de suas salas – muitos deles incomodados com o barulho e os gritos de apoio ao ex-governador. “Roriz, de novo, governador do povo!”, entoava a claque, o que deu caráter de ato político-eleitoral à filiação.
Cercado de seguranças, assessores e eleitores, Roriz respondeu a algumas perguntas de jornalistas. “Até hoje, eu estava recolhido. Entretanto, estamos em primeiro lugar nas pesquisas”, disse o ex-senador pelo PMDB. “Estou iniciando a campanha hoje. Agora é que vou para as ruas, na medida em que as leis eleitorais me permitirem.”
O Congresso em Foco perguntou como ele recebia a rejeição de parte significativa da população do Distrito Federal, principalmente entre o eleitorado com maior nível de escolaridade. “Não existe [rejeição]. Pelo contrário, eu tenho maioria. Tem região que eu tenho 80% de aprovação [sic]”, rebateu Roriz.
Governador do Distrito Federal por quatro vezes, Roriz é, segundo as pesquisas eleitorais mais recentes, o mais forte candidato ao cargo. Sua candidatura, porém, enfrentava a resistência dos peemedebistas hoje próximos ao governador José Roberto Arruda (DEM). A perda de espaço no PMDB o levou a deixar o partido no último dia 16 (leia mais).
Em julho de 2007, Roriz renunciou ao mandato de senador após ter sido flagrado em escutas telefônicas negociando a partilha de R$ 300 mil com o ex-presidente do Banco de Brasília Tarcísio Franklin.
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