A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Departamento Nacional de Auditoria do Ministério da Saúde (Denasus) informaram hoje (9) que o prejuízo oriundo dos convênios realizados pelas empresas que fraudaram licitações de ambulâncias com prefeituras de todo o país, pode chegar a R$ 25 milhões. A CGU já analisou mil convênios, de um total de 1.452, totalizando, até então, um prejuízo de R$ 15,5 milhões nos contratos realizados em cerca de 600 municípios.
Segundo as conclusões dos auditores da CGU, houve superfaturamento em 70% dos convênios analisados, sendo que em 23% dos convênios, as ambulâncias adquiridas e entregues não estavam sendo utilizadas e em 27% dos casos, os processos licitatórios não apresentaram pesquisa de preços.
A entidade lembra que as empresas Planam, Santa Maria, Klass e Enir Rodrigues de Jesus EPP são as principais vencedoras das licitações.
Sanguessugas
Em maio de 2006, a Polícia Federal (PF) desmantelou um esquema fraudulento liderado pela Planam que realizava vendas superfaturadas de unidades móveis de saúde para prefeituras. A possível participação de parlamentares no esquema levou as investigações ao Congresso que instalou a CPI dos Sanguessugas. Apesar de ter sido aberto um total de 67 processos no Conselho de Ética da Câmara contra deputados acusados de envolvimento no esquema e outros três no Senado, nenhum parlamentar foi punido.
Por outro lado, em março deste ano, a CGU declarou a Planam com indonêa para realizar contrato com a Administração Pública. A decisão foi feita pelo mininistro Jorge Hage e também atingiu outras três empresas: Santa Maria, Klass e Enir Rodrigues de Jesus EPP. (Erich Decat)
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