A diversas denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e as conseqüentes representações ao Conselho de Ética colocam dúvidas nos senadores que compõem o colegiado. Na tarde de hoje, questionamentos sobre a sucessão de acusações serão debatidos em reunião entre o presidente o Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), e os três relatores da primeira representação contra Renan – Marisa Serrano (PSDB-MS), Renato Casagrande (PSB-ES) e Almeida Lima (PMDB-SE).
Pesam contra Renan três denúncias, todas publicadas na imprensa: pagamento de despesas pessoais por empreiteira, relações suspeitas com a cervejaria Schinchariol e uso de laranjas para comprar empresas de comunicação. Representações do Psol converteram as duas primeiras em processo no Conselho de Ética. Ontem, o DEM o PSDB fizerem uma representação conjunta para o caso dos laranjas. Essa última ainda precisará passar pelo exame de admissibilidade da Mesa Diretora do Senado antes de virar uma investigação no Conselho de Ética.
Na reunião da tarde de hoje, o objetivo é discutir o andamento do processo mais antigo – o recebimento de dinheiro da empreiteira Mendes Júnior – e como o órgão vai proceder diante da nova representação do Psol, sobre o caso Schinchariol. As investigações podem correr separadamente ou serem unificadas.
Renato Casagrande entende que a apuração deve ser desmembrada. “O mais adequado é que se tenha um novo relator e façamos outra investigação. É importante neste momento separar as investigações, é mais adequado para o Senado e para o Brasil. A prioridade é concluir a primeira investigação [sobre o dinheiro da empreiteira Mendes Júnior]”, afirmou o senador, segundo o portal IG.
A reunião estava marcada para as 15h, no gabinete do senador Quintanilha. Até as 15h30, no entanto, Casagrande ainda não havia chegado, segundo funcionários do gabinete. (Eduardo Militão)
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