Renan Calheiros no Plenário do Senado (Leopoldo Silva/Ag.Senado)
O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou há pouco que retornou da licença médica de dez dias “para trabalhar”. “As pessoas que me elegeram querem que eu trabalhe”, disse. O peemedebista, que desde ontem retomou suas atividades como senador, conversou com jornalistas e recebeu abraços calorosos de parlamentares tanto de oposição – como Papaléo Paes (PSDB-AP) – quanto de situação – como a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).
Questionado sobre a disputa à presidência do Senado, Renan se limitou a dizer: “Não tenho nada a ver com essa discussão. Ela acontece paralelamente. Não dizem que as paralelas nunca se encontram?”, abreviou.
O peemedebista responde a quatro processos no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar. Sobre ele pesam as seguintes acusações: favorecimento de uma cervejaria com dívidas junto ao governo; usar “laranjas” para comprar empresas de comunicação em Alagoas; ser beneficiário de um esquema de desvio de verbas em ministérios controlados pelo PMDB; e tentar espionar senadores goianos que são favoráveis à cassação de seu mandato.
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Renan ressaltou que não está acompanhando a tramitação dos processos contra ele no colegiado. “Eu não estou fazendo esse acompanhemento. Não cabe a mim falar sobre o rito processual.”
O senador alagoano fez questão de demonstrar que está certo de que provará sua inocência: "Cada dia com sua agonia. Voltei da licença com outra disposição. Vou provar minha inocência. O importante é somar forças, inclusive para que o Senado se conscientize disso como chance para provar minha inocência”. (Fábio Góis)
Matéria publicada às 18h08 de 06.11.2007. Atualizada às 06h43 de 07.11.2007
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