O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu hoje que os parlamentares façam um esforço concentrado para evitar a paralisia das atividades do Congresso durante o período eleitoral, entre agosto e outubro. Renan se reúne hoje com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e com líderes de bancadas para definir o ritmo dos trabalhos no segundo semestre.
“Não nos preocupamos com o primeiro semestre, porque o Congresso sempre funcionou normalmente. Temos que definir, no entanto, uma estratégia de trabalho para o segundo semestre deste ano”, afirmou.
O senador defendeu ainda a criação de uma agenda positiva para o país, com a aprovação de matérias voltadas para o desenvolvimento. “Temos que listar uma pauta conjunta da Câmara e do Senado. Sempre sustentei a necessidade de uma agenda voltada para os interesses do país”, ressaltou.
Mas a disposição dos parlamentares em votar propostas consideradas importantes, como as reformas política, sindical e trabalhista, por exemplo, não é das maiores. Os líderes partidários acreditam que em 2006 o Congresso vai aprovar, no máximo, a reforma tributária, que está na Câmara há dois anos, e a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.
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No primeiro semestre, o encerramento das CPIs dos Correios e dos Bingos tende a atrasar os trabalhos em plenário, já que a votação dos relatórios finais deve gerar atritos entre governo e oposição. Além disso, as convenções partidárias marcadas para junho e o recesso parlamentar de julho prometem emperrar ainda mais as votações nas duas Casas.
O Congresso retoma seus trabalhos em agosto, em pleno período eleitoral. Uma das propostas em estudo é fazer duas semanas de esforço concentrado em agosto e outras duas em outubro, quando os deputados já estarão liberados das disputas eleitorais.
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