O presidente licenciado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ficará, a contar de hoje, dez dias longe das atividades do Senado. Sem comparecer na Casa desde que se licenciou da presidência, no último dia 11, Renan se afasta agora das atividades rotineiras de um senador para realizar uma “bateria de exames médicos”.
Os auxiliares do parlamentar não souberam informar exatamente qual tipo de exame será feito, e nem se o senador deve ir ao hospital ou receber visita médica em sua residência.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, não há precedentes desse tipo de manobra na Casa que permita saber se a nova licença de Renan vai interferir no andamento de seus processos no Conselho de Ética. Na quarta-feira (24), vence o prazo para ele apresentar sua defesa da acusação de ter comprado veículos de comunicação por meio de “laranjas”.
A prerrogativa do adiamento, no entanto, foi usada pelo ex-deputado José Janene (PR), em setembro de 2005. Por meio de licença médica, Janene alegou problemas cardíacos e, dessa forma, conseguiu arrastar o seu julgamento na Comissão de Ética da Câmara até dezembro de 2006, quando foi absolvido da acusação de ter recebido R$ 4,1 milhão do valerioduto. (Erich Decat)
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