Alvo de novo inquérito da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (2) que nunca cometeu “impropriedade” em sua vida política e que suas relações com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na semana passada, jamais ultrapassaram os “limites institucionais”.
“Tenho me colocado sempre à disposição e acho que o homem público tem que responder qualquer pergunta que se faça. Tenho feito isso com a maior disposição. Já prestei informações e, se necessário, presto de novo. Mas, mais uma vez: nenhum fato vai me ligar jamais a nenhuma impropriedade porque nunca cometi nenhuma impropriedade”, afirmou.
Renan declarou que nunca tratou de emendas a medidas provisórias ou de algum assunto relacionado ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, também preso pela Polícia Federal. “Jamais, jamais, jamais. O senador Delcídio sempre teve comigo relações institucionais e nunca passaram disso. E nunca passariam porque eu jamais permitiria”, ressaltou.
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Pendências no Supremo
O presidente do Senado responde, na Lava Jato, a outros três inquéritos (3984, 3993 e 3989) por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. É apontado por delatores como um dos beneficiários do esquema de corrupção na estatal. Segundo Paulo Roberto Costa, Renan agia por meio do deputado peemedebista Aníbal Gomes (CE), que se apresentava como seu emissário na hora de cobrar propina em troca de contratos fechados por grandes empresas com a estatal.
O senador ainda é alvo do Inquérito 2593, que apura denúncia que o levou a renunciar à presidência do Senado, em 2007. Desde janeiro de 2013, há um parecer da Procuradoria da República oferecendo denúncia contra o parlamentar no caso. Dois anos e meio depois, o pedido não foi analisado. Renan é acusado de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
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