Por meio de nota divulgada há pouco, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou ter tentado espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB).
De acordo com reportagem da revista Veja e do jornal Folha de S. Paulo do último final de semana, o assessor especial do peemdebista Francisco Escórcio, um ex-senador pelo PMDB, pretendia instalar câmeras em um hangar do aeroporto de Goiânia para captar imagens dos senadores utilizando jatinhos de empresários da região. (leia mais)
“Repudio, mais uma vez –com a veemência e indignação que a situação exige– as falsas acusações de que estaria usando servidores do Senado Federal para práticas inescrupulosas, imorais e ilegais. Isso não faz parte do meu caráter”.
Renan afirmou que foi ele que teve a “vida devassada” e que jamais recorreria à espionagem. “É preciso ter responsabilidade e cobrar das fontes das maledicências as provas das acusações”, disse.
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O parlamentar aproveitou para reiterar o seu “sincero respeito por todos os senhores senadores e senhoras senadoras, sem exceção”.
A Folha também afirma que Renan está espionando os negócios de um filho do líder do DEM no Senado. O alvo de Renan contra José Agripino (RN) seria um negócio do deputado federal Felipe Maia (DEM-RN). (leia mais)
Há cerca de seis anos, o deputado potiguar adquiriu uma empresa chamada Comav, que presta serviços, mediante concessão, à BR Distribuidora. A empresa é responsável pelo transporte do combustível que abastece as aeronaves que decolam dos aeroportos de Natal e de Mossoró (segunda maior cidade do Rio Grande do Norte). (Rodolfo Torres)
Confira a íntegra da nota de Renan
1. Repudio, mais uma vez –com a veemência e indignação que a situação exige– as falsas acusações de que estaria usando servidores do Senado Federal para práticas inescrupulosas, imorais e ilegais. Isso não faz parte do meu caráter.
2. Na medida em que a verdade vai destruindo as falsas imputações pretéritas buscam-se novas tramas para indispor-me com a Casa, como já vimos no passado recente. Eu sim tive a vida devassada e não recorreria a indignidades como as que me foram falsamente atribuídas. É preciso ter responsabilidade e cobrar das fontes das maledicências as provas das acusações.
3. Manifesto, mais uma vez, o meu sincero respeito por todos os senhores senadores e senhoras senadoras, sem exceção, ilustres pares que, como eu, foram eleitos pelo voto popular e desempenham nesta Casa papel fundamental para o aperfeiçoamento da democracia e do Estado de Direito."
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