De volta à presidência do Senado seis anos após ter sido varrido de lá por uma série de denúncias, Renan ainda não conseguiu se livrar do rastro de denúncias que o obrigaram a renunciar ao cargo mais importante do Congresso e, por pouco, não o levaram à cassação.
Na véspera de sua nova eleição, em fevereiro deste ano, ele foi acusado pelo Ministério Público de ter cometido peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso no caso dos bois de Alagoas. Segundo o inquérito 2593, Renan apresentou documentos falsos, em 2007, para forjar uma renda com venda de gado em Alagoas e justificar gastos pessoais. É acusado de desviar R$ 44,8 mil do Senado em verbas indenizatórias.
Em nota, o senador afirmou que o caso será julgado com “imparcialidade” pelo STF, apesar da “suspeição” da denúncia e de sua “natureza nitidamente política”. O caso dos bois derivou da denúncia da ex-amante Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha. Ela o acusou de pagar a pensão da filha com recursos da empreiteira Mendes Júnior, beneficiada com emendas do senador. No Senado, Renan foi absolvido e escapou da cassação em 2007, mas teve de renunciar à presidência. Ao todo, foram seis os processos abertos e arquivados contra ele no Congresso.
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Acusado pelo deputado João Lyra (PTB-AL) de usar laranjas na compra de rádios, Renan foi absolvido no Senado, mas responde no STF ao inquérito 2998, por tráfico de influência no Ministério das Comunicações.
Em 2009, o Congresso em Foco revelou com exclusividade que o senador usou a cota de passagens aéreas do Senado para pagar viagens feitas por três personagens acusados de atuarem como laranjas dele nas rádios e por um agricultor suspeito de fraudar a venda de gado, em Alagoas.
No início deste ano, Renan virou alvo do inquérito 3589, por crime ambiental. É acusado pelo Ministério Público Federal de pavimentar ilegalmente, com paralelepípedos, uma estrada de 700 metros na estação ecológica Murici, administrada pelo Instituto Chico Mendes, que leva a uma fazenda de sua propriedade.
PublicidadeTantas suspeitas levaram 1,6 milhão de pessoas a assinarem um abaixo-assinado na internet pedindo a sua saída do cargo. O pedido, engavetado pelos senadores, engrossou o grito de “Fora, Renan”, ecoado nas manifestações que agitaram o Brasil em junho.
Veja a lista com todos os parlamentares com pendências
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