O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu arquivar o pedido de abertura de CPI para investigar as relações entre a família do presidente Lula e o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Antes de sair do papel, a CPI já ganhara o apelido de "CPI do Armagedon" (local onde, segundo os cristãos, tem início o fim do mundo).
O requerimento para a criação da CPI foi apresentado pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE), que conseguiu reunir 34 assinaturas para viabilizá-la, quando o necessário são 27 adesões.
O objetivo da comissão era investigar as relações entre Lula e Paulo Okamotto; a ligação entre Fábio Luis, filho de Lula, e a Telemar; os dólares encontrados na cueca de um assessor do PT no ano passado; e ainda, a quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa.
Renan entendeu, no entanto, que por ter várias motivações, a comissão, na verdade, não teria nenhum fato determinado a ser investigado. O fato específico é pré-requisito essencial para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito.
A decisão do presidente do Senado atendeu a interesses de governistas e oposicionistas. Lideranças de partidos do governo e da oposição consideravam não haver condições para a criação de uma nova CPI, ainda mais para tratar desse tema.
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