O relatório final da CPI dos Sanguessugas, que está sendo lido agora pelo relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), aponta uma série de vícios nos documentos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para a compra de ônibus em vez da implantação de centros fixos de informática.
Segundo o senador, o documento ainda indica o nome de oito pessoas envolvidas em “práticas ilícitas” no âmbito do ministério. São elas: Almir Tiago, Edson Albuquerque dos Santos, Ivo Marcelo Spinola Rosa, Marco Antonio Tadeu Alves, Paulo César Gabriel, Régis Moraes Galeno, Rodrigo Medeiros de Freitas e Wilber Correa da Silva.
Além disso, a comissão também sugere que a Polícia Federal e o Ministério Público convoquem para depor os ex-ministros da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral e Eduardo Campos e o ex-secretário Rodrigo Rollemberg.
O motivo da convocação desses três últimos é para que eles respondam, dentre outros pontos, por que o governo demorou um ano para regulamentar o Programa de Inclusão Digital, através da Portaria MCT 656, de 20 de outubro de 2005, se o projeto tinha sido aprovado no Plano Plurianual de 2004. Além desse fato, o Congresso em Foco revelou, em reportagem publicada em outubro, outras suspeitas de irregularidades no programa durante a gestão do PSB (leia mais).
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A comissão também questiona por que o Ministério das Comunicações não cumpriu a responsabilidade legal de regular o programa digital e por que, quando a Caixa Econômica Federal já tinha recebido a atribuição legal para coordenar o projeto, a Finep foi selecionada para coordenar o programa de inclusão no Rio. (Lúcio Lambranho)
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