Rodolfo Torres
Relatório apresentado no Senado nesta quinta-feira (18) pela Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade afirma que o país deve reduzir o spread bancário (diferença entre os juros pagos pelos bancos na captação de recursos com investidores e a taxa cobradas por eles nos empréstimos concedidos) e aumentar o acesso ao crédito.
Segundo o texto, de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o elevado spread cobrado responde por mais da metade do custo dos empréstimos. O tucano apontou um estudo do Banco Central que revela que a inadimplência e o resíduo bruto (margem obtida pelo banco antes da dedução de impostos diretos) foram os principais componentes do spread entre os anos de 2001 e 2007.
Assim, como forma de diminuir a inadimplência, Jereisssati sugere a implantação do cadastro positivo (uma espécie de banco de dados de bons pagadores), a permissão de maior concessão de empréstimos aos bancos que avaliem acertadamente o risco de crédito; e o desestímulo a concessões irresponsáveis de crédito.
Dentre as medidas anticrise adotadas pelo governo, o relator destacou a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos e eletrodomésticos.
“As autoridades econômicas brasileiras merecem todo apreço e apoio pela rápida e eficiente reação, diante da crise financeira global e da recessão que assola a economia e a sociedade brasileira”, afirma Jereissati em seu relatório.
A partir de agora, o colegiado tratará da empregabilidade. O relatório sobre o tema será apresentado até o início de agosto.
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