O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator da terceira representação contra Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética, afirmou há pouco que não descarta uma acareação entre o presidnete do Senado e o usineiro João Lyra.
De acordo com o pedetista, se os depoimentos de Renan e do usineiro forem contraditórios, a acareação é “inevitável”. Péres ressaltou que fará o possível para concluir o parecer, que será “técnico”, até o dia dois de novembro.
Lyra, que atualmente é um desafeto político de Renan, é apontado como sócio do peemedebista em uma sociedade secreta para a compra de empresas de comunicação em Alagoas.
A terceira representação é considerada a mais delicada, uma vez que apresenta sérios indícios contra Renan.O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), quer criar um grupo dentro do Conselho de Ética para investigar com mais profundidade a denúncia.
Tuma chegou a ir a Maceió, capital alagoana, para tomar o depoimento do usineiro. Lyra confirmou que foi sócio secreto de Renan na compra das empresas. Por sua vez, Renan negou a acusação e disse que o caso é uma disputa regional levada ao plano nacional.
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Péres reiterou que Renan não mais dispõe de condições políticas para presidir o Senado, e que o presidente do Conselho de Ética da Casa, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), demorou para indicar o relator da terceira representação.
Rasgação de seda
Após Péres conversar com a imprensa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) o cumprimentou e ressaltou que, se algum dia for ao Conselho de Ética, gostaria de ter o amazonense como relator. “Tenho certeza de que o senhor será imparcial”, afirmou.
Por sua vez, Péres retribuiu a gentileza e destacou que também gostaria de ter o petista como relator de uma futura representação a que, por ventura, venha a responder no colegiado. (Rodolfo Torres)
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