O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), garantiu ao Congresso em Foco que 70% dos deputados da legenda votarão a favor do texto alternativo ao projeto de reforma política, relatado por Ronaldo Caiado (DEM-GO). A legenda, que se reuniu pela manhã para discutir o tema, tem o maior número de deputados na Câmara.
No entanto, é uma característica da bancada do PMDB se dividir nas votações, ainda mais em um projeto tão polêmico como a reforma política. Eduardo Alves diz que é um avanço o texto alternativo, elaborado por PT, DEM, PSB, PCdoB e PPS, além do próprio PMDB.
Ele é baseado no projeto relatado por Caiado, mas com algumas mudanças. Pela proposta alternativa, o eleitor votará duas vezes: numa lista fechada, onde os candidatos serão escolhidos pelos partidos, e, se quiser, numa lista aberta. Metade dos eleitos sairá da lista fechada e a outra metade da lista aberta, como no atual sistema.
Outra diferença é que o financiamento das campanhas será público e privado – este será permitido apenas em eleições proporcionais (deputados estaduais, federais e vereadores).
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“É um avanço”, diz o líder do PMDB, que antes defendia a lista fechada. Segundo o parlamentar potiguar, que está em seu décimo mandato na Câmara (é o deputado que está há mais tempo na Casa), “falta explicar a reforma política para a população, com tudo detalhado”.
Ele diz que a pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem (terça-feira, dia 26) e que mostra que a maioria população é contra os principais itens da reforma política (leia mais) não vai atrapalhar a votação do projeto. Alves explica ainda que foi alterado um artigo do texto, que garantia aos deputados preferência no topo da lista elaborada pelos partidos, facilitando a reeleição de quem já tem mandato. “A lista será formada livremente”, afirmou. (Lucas Ferraz)
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