Roseann Kennedy
O Tribunal Superior Eleitoral começou nesta sexta-feira a terceira e última fase da campanha de orientação ao eleitor, antes do primeiro turno. Até o dia três de outubro, o TSE vai divulgar em filmes na TV e spots de rádio mensagens para instruir o cidadão para votar este ano.
A divulgação é importante porque faz refletir, e é curiosa também frente ao momento eleitoral que estamos enfrentando.
“Escolher seu candidato é tomar uma decisão importante. Até as eleições, você pode pesquisar e debater com outras pessoas sobre as melhores opções. Mas na hora de votar, sua decisão é soberana e ninguém pode influenciar você”.
A primeira frase parece um alerta principalmente aos que estão desmotivados com o voto. Àqueles que estão pensando: “Para que votar se não adianta de nada, se a robalheira parece não acabar e todos parecem ser iguais mesmo?”. Porque o voto é o único instrumento democrático que você tem na mão para tentar criar um ambiente político melhor no país.
A segunda soa irônica no atual momento da campanha presidencial, por exemplo. Já que mesmo se os cidadãos discutirem entre si, enfrentarão dificuldades para ver debates entre os principais candidatos. A campanha virou mera troca de acusações e de baixaria. E como comparar e discutir propostas que não são apresentadas?
Por fim, é importante ressaltar também o trecho em que o TSE cita que independentemente de todas as discussões entre as pessoas, a decisão é exclusivamente sua.
A campanha orienta, ainda, para o uso da “cola”. Isso é interessante porque a quantidade de candidatos que você vai ter que escolher este ano é muito grande. Então, haja número para decorar: presidente, governador, deputado federal, deputado estadual e dois senadores.
É melhor mesmo anotar num papel os números de seus candidatos. Até para não correr o risco de ser ver tentado a cair no alvo das campanhas de boca de urna, quando a caminho da votação você recebe os papeizinhos com os números de candidatos, que já estão mostrando que não são muito sérios porque estarão infringindo a lei. Fazer boca de urna é proibido.
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