Os efeitos da crise econômica que o país atravessa podem reverberar por pelo menos mais três anos, cenário que não se repete desde 1901, quando teve início a série histórica. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, projeções de analistas para o desempenho do PIB em 2016 seguem piorando, consequência do desempenho negativo da economia no final de 2015 e no início deste ano.
O banco Credit Suisse, por exemplo, vinha trabalhando com o índice de 3,5% de contração do PIB, porém agora espera que a taxa fique mais próxima de 4%, mesma estimativa da organização para 2015. O recuo continua em 2017, entre 0,5% e 1%.
Historicamente, a última ocasião em que o PIB encolheu por dois anos seguidos foi em 1930-1931, quando a economia de todo o mundo passava por um período de recessão após a quebra da bolsa de Nova York. Três anos de retração da economia é algo inédito no país.
Na última sexta-feira (5) o Itaú Unibanco anunciou esperar a contração de 4% do PIB em 2016. A projeção inicial do recuo era de 2,8%. Já para 2017, estima-se uma tímida expansão de 0,3%.
Já a consultoria MB Associados calcula seus índices baseando-se em dois cenários: com e sem a presidente Dilma. Com a presidente fora do governo, espera-se uma queda de 3% do PIB neste ano e uma expansão de 0,6% no ano que vem. Porém, caso a tentativa de impeachment seja frustrada e Dilma permaneça no poder, os números mudam para duas contrações de 4,1% e 1%.
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