Um dia após sua posse, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, confirmou a troca do grupo de trabalho da Operação Lava Jato. Dos dez procurados que atuavam na equipe escalada por Rodrigo Janot, apenas dois permanecerão: Maria Clara Barros e Pedro Jorge do Nascimento. Raquel deu prazo de 30 dias para que cinco ex-auxiliares de Janot façam a transição para a nova equipe. As alterações foram publicadas na edição desta terça-feira (19) do Diário Oficial da União e constituem a primeira decisão da nova chefe do Ministério Público da União no cargo.
Além dos remanescentes Maria Clara e Pedro Jorge, também farão parte do novo grupo da Lava Jato os procuradores José Alfredo de Paula, Raquel Branquinho, Marcelo Ribeiro de Oliveira, Herbert Reis Mesquita, José Ricardo Teixiera e Luana Varga. A coordenação ficará a cargo de José Alfredo, que, ao lado de Raquel Branquinho, trabalhou nas ações do mensalão.
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Já na equipe de transição ficarão o ex-coordenador da Lava Jato na PGR, Sérgio Bruno Fernandes, Fernando Alves de Oliveira Júnior, Melina Castro, Rodrigo Telles e Wilton Queiroz de Lima.
De acordo com a portaria, o grupo terá cinco atribuições: colher depoimentos e produzir provas que julgarem necessários; participar de audiências no STF; responder a expedientes ordinários encaminhados ao grupo; pedir documentos e informações necessários às investigações, e participar de instruções com foco na assinatura de acordos de delação premiada. A mudança na equipe é um dos efeitos das divergências de Janot e Raquel, conhecidos como desafetos dentro da PGR e por seus perfis quase antagônicos.
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