A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que reconsidere a rejeição de medidas cautelares contra o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) e Marluce Vieira Lima, respectivamente irmão e mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O pedido foi encaminhado nesta sexta-feira (2).
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Na petição, a procuradora afirma que a decisão de Fachin, proferida na quarta-feira (28), não levou em conta que investigações preliminares sobre a origem de R$ 51 milhões encontrados no apartamento de um amigo de Geddel, em Salvador, no ano passado, indicam que dinheiro pode ter sido recebido pela família como propina paga pela empreiteira Odebrecht em troca da atuação do ex-ministro na Caixa Econômica Federal, além da apropriação indevida de salários de funcionários de Lúcio na Câmara dos Deputados, da venda simulada de gado e do aluguel fictício de máquinas agrícolas.
A PGR havia pedido o recolhimento domiciliar noturno de Lúcio e a prisão domiciliar de Marluce, ambas negadas pelo ministro Fachin. A defesa da família Vieira Lima não se manifestou sobre o pedido.
No novo requerimento, a chefe do Ministério Público afirma que trata-se de “indícios de fatos que potencialmente se relacionam, que são contemporâneos e, em sinergia, compuseram a face mais visível e eloquente do enriquecimento criminoso da família Vieira Lima: as malas e caixas com milhões de reais e dólares ocultados”.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima está preso desde o dia 8 de setembro do ano passado em função de outra investigação, a que trata da origem de R$ 51 milhões encontrados no apartamento de um amigo do político, em Salvador.
Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa no período entre 2011 e 2013, enquanto Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição.
Com informações da Agência Brasil
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