Autorizado desde novembro do último ano, o racionamento de água no Distrito Federal agora tem dia certo para começar. A partir da próxima segunda-feira (16), residências e comércios do DF terão interrupções no fornecimento de água. No entanto, será realizado um rodízio entre as regiões que são abastecidas pelo reservatório do Descoberto. Hoje (quinta, 12), o volume do reservatório chegou a 18,94% – o menor já registrado em toda a história do sistema.
Conforme informações da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), o calendário dos cortes percorre um ciclo de seis dias: um dia com interrupção completa, dois dias de estabilização e três de fornecimento normal. No sétimo dia, o corte volta a acontecer. De acordo com o cronograma, os cortes começam pelas regiões de Ceilândia, Recanto das Emas e Riacho Fundo II.
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A partir do cronograma de cortes divulgado pela Caesb, a previsão é que o corte seja efetuado ainda nas primeiras horas do dia 16. De forma gradual, o abastecimento será retomado na terça (17) e na quarta-feira (18). Entre quinta e sábado, o fornecimento será normal. Esse é também um exemplo de como funcionará nas demais regiões divulgadas no calendário da Companhia
Apesar de passados apenas 12 dias do primeiro mês de 2017, conforme informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o volume de chuvas contabilizado até agora esta bem abaixo do registrado em outros anos. Desde o dia 1º de janeiro até a última terça-feira (10), foram registrados apenas 19,9 milímetros de chuvas, valor que corresponde a apenas 8% da média geral contabilizada para todo o mês de janeiro, que chega a 247.4 milímetros.
As regiões abastecidas pelo Descoberto e que devem sofrer com o corte são: Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Samambaia, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Park Way, Guará e Candangolândia. Já nas regiões abastecidas pelo reservatório de Santa Maria, a Caesb vai reduzir a pressão dos canos a partir do dia 30 de janeiro. O reservatório de Santa Maria está com 41,22% da capacidade máxima.
Tarifa de Contingência
A tarifa de contingência já é uma realidade. Implementada desde outubro de 2016, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) recorreu da liminar expedida pela Justiça do DF, que suspendia a cobrança, e a medida voltou a valer no dia 22 de dezembro.
Conforme resolução da Adasa, “a unidade usuária cujo consumo mensal de água ultrapassar 10m³ fica sujeita à Tarifa de Contingência”. Nestes casos, a fatura pode chegar com até 40% de aumento. De acordo com o órgão, a medida vale durante o período de escassez e busca estimular a redução no consumo em função da ameaça de desabastecimento.
A Caesb informou que a tarifa será cobrada na conta do usuário e incidirá exclusivamente sobre o valor faturado da água. As especificações virão separadas e detalhadas na conta. “Cada usuário saberá exatamente quanto está pagando”, explicou a companhia. O percentual ficou definido em 40% para a categoria residencial normal, 20% para os usuários da categoria residencial popular e 20% para as categorias não residenciais (comercial, industrial e pública).
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