A CPI dos Bingos aprovou hoje a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Ademirson Ariovaldo da Silva, assessor de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ontem, no depoimento mais curto já prestado à comissão, ele negou ter participado de um esquema para favorecer a multinacional GTech na renovação de um contrato com a Caixa Econômica Federal (CEF), mas não conseguiu convencer os senadores.
Suspeita-se que o assessor teria participado de uma triangulação com o ex-assessor da prefeitura de Ribeirão Preto (SP), Rogério Buratti, e com o ex-secretário do município, Ralf Barquete, para fazer a GTech fechar o contrato. Buratti e Barquete trabalharam na prefeitura quando o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, era o prefeito.
Ontem, Ademirson negou ter participado de qualquer negócio ilícito. Afirmou ainda desconhecer a empresa GTech antes de ela ser citada nos jornais. Porém, dados dos sigilos telefônicos em poder da comissão mostram que, às vésperas da renovação do contrato, os três conversaram mais de 14 vezes.
A CPI aprovou ainda o requerimento do relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que pede uma acareação entre Ademirson, Buratti, o ex-chefe de gabinete do ministério da Fazenda Juscelino Dourado e o ex-assessor da prefeitura de Ribeirão Preto Vladimir Poleto, todos supostamente envolvidos na negociação da GTech com a Caixa.
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A comissão aprovou também a convocação de Éder Eustáquio Soares Macedo, motorista que teria transportado o dinheiro de Cuba, para a campanha do presidente Lula em 2002, de Campinas (SP) para São Paulo (SP).
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