PGR: Dirceu era o chefe da quadrilha do mensalão
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De acordo com Gurgel, a campanha contra ele começou a partir do momento em que entregou as alegações finais do caso, em 7 de julho de 2011. “Fui alvo de constante constragimento”, disse o procurador-geral da República, evitando nomear quem são os autores das ameaças. Porém, afirmou que a “quadrilha é extremamente arrogante”. Na acusação apresentada hoje, ele apontou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu como o chefe da quadrilha do mensalão.
Ao analisar a participação de Dirceu como suposto chefe da quadrilha, Gurgel disse que é mais complicado ter provas materiais sobre alguém com um posto de comando. “As articulações são feitas a portas fechadas”, afirmou. A acusação em cima do ex-ministro da Casa Civil é baseada especialmente em cima dos depoimentos do publicitário Marcos Valério e do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.
Ele ressaltou que a quantidade de provas disponíveis contra Dirceu é menor do que dos outros membros do que a acusação aponta como quadrilha. “A participação dos outros deixa mais rastro”, explicou. Gurgel informou que a expectativa é que os ministros acolham totalmente a acusação, com a condenação de 36 pessoas e a absolvição de Luiz Gushiken, ex-secretário de Comunicação do governo Lula.
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