Ao contrário de Eduardo Jorge, candidato dos verdes no pleito de 2014, o parlamentar não quer criar polêmica nem conseguir votos com temas espinhosos. Pretende ter uma candidatura viável e longe de temas policiais: “Estava buscando um partido que não estivesse envolvido direta ou indiretamente com a Operação Lava Jato”, explicou Dias. Ele quer atrair um grupo de 10 congressistas que, junto com a atual bancada de seis deputados, viabilizaria sua participação em debates na TV.
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No PV, Alvaro Dias poderá ter a companhia de outros três senadores: Paulo Paim (RS), que deve deixar o PT; Reguffe (DF), de saída do PDT; e José Medeiros (MT), que abandonará o PPS. Entre os deputados, o tucano ambientalista Mendes Thame (SP) também deve compor a bancada verde. O PV já teve como candidatos ao Planalto Marina Silva (12 milhões de votos em 2010) e o ex-deputado Eduardo Jorge (629 mil de votos em 2014). Alvaro Dias e o PV procuram, agora, um candidato a vice de outra região, provavelmente do Nordeste.
Marinha sem energia
Os comandantes da Base Naval do Rio de Janeiro e do Complexo de Mocanguê, onde estão ancorados todos os navios de guerra da Marinha brasileira, deram um aviso assustador para a Força. “Face à possibilidade de corte de energia pela Concessionária Ampla para o Complexo Mocanguê-BNRJ, este comando de Força determina que todos os meios atracados estejam preparados para passar a receber energia de bordo ou gerador por tempo indeterminado”, diz o aviso feito há quase uma semana.
É mais um problema que a Marinha enfrenta no Rio de Janeiro – onde, como esta coluna revelou na última sexta-feira (18), ela está às voltas com o fechamento do estaleiro Eisa.
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A Marinha explica que não há atrasos no pagamento de energia à concessionária e que a Força adotou os procedimentos emergenciais destinados a mitigar tal problema, como a geração própria de energia pelos navios, como se estivessem no mar. “A Marinha do Brasil, de acordo com as orientações do Governo Federal, tem aplicado criteriosas medidas de economia, com o intuito de reduzir suas despesas discricionárias, buscando adequá-las ao orçamento”, diz a nota da Força.
Sinais da recessão: ANP vende menos biodiesel
No leilão de biodiesel realizado há uma semana, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) registrou uma queda de quase 13% no volume do produto comprado pelas distribuidoras de diesel. Foram comprados 580 milhões de litros do biodiesel para serem revendidos em janeiro e fevereiro. No leilão feito na mesma época no ano passado foram negociados 667 milhões de litros do produto. O biodiesel é misturado ao diesel na proporção de 7%, o que dá uma economia de 1,2 bilhão de litros na importação do petróleo bruto.
Um projeto de lei aprovado no Senado e aguardando definição da Câmara propõe aumentar este percentual para 8% um ano após a promulgação da lei, 9% em dois anos e 10% no terceiro ano.
A queda na compra do biodiesel reflete a baixa expectativa das distribuidoras de venderem diesel comum aos caminhões e carretas que transportam a safra brasileira, além de ônibus coletivos municipais, intermunicipais e até interestaduais que deverão rodar com uma média menor de passageiros por viagem. A indústria de produção do biodiesel está com 55% de ociosidade. Na Argentina a mistura do biodiesel no diesel já é de 9%, na Colômbia 10% e em 600 postos dos EUA a mistura já atinge 20% de óleo vegetal no combustível fóssil.
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