O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), atacou ontem (16) o governo federal. De acordo com o peemedebista, a administração Lula opera em "ritmo de tartaruga".
Puccinelli afirmou que há morosidade no Ministério de Desenvolvimento Social e de Combate à Fome e que a Fundação Nacional do Índio (Funai) precisa levantar "o bumbum da cadeira e trabalhar" pelas aldeias atingida pela desnutrição,explica o repórter Hudson Corrêa, da Agência Folha.
Ao ser questionado sobre as críticas da Anistia Internacional, que divulgou comunicado criticando o governo estadual e autoridades brasileiras pela suspensão da distribuição de cestas de alimentos aos índios, Puccinelli afirmou: "A Anistia tinha que ver de quem [é a responsabilidade pelos] índios. É da Funai. Eu acho que a Funai não está cuidando bem dos índios".
Puccinelli também afirmou que quando assumiu o governo em janeiro deste ano, já encontrou paralisada desde dezembro a distribuição de cestas de alimentos para índios e sem-terra.
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"Só encontramos contas [do Estado] bloqueadas. Nós fomos exigir dos órgãos [federais] que têm a responsabilidade. Fui exigir da Funai que assumisse e do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] que assumisse os [sem-terra] acampados. O Incra assumiu", disse.
O governador peemedebista disse que o Ministério de Combate à Fome "lavou as mãos".
"Esperamos que a paquidérmica máquina tartarugal do governo federal possa nos dar a resposta antes do término do cadastramento [de famílias] em outubro", afirmou.
Puccinelli também disse que fechou um acordo nesta semana com a Funasa para distribuir 11 mil cestas aos índios.
O lado do governo
A assessoria do Ministério de Desenvolvimento Social e de Combate à Fome já havia declarado, no último dia 8 de fevereiro, que em 2006 liberou R$ 309,3 milhões para atender 803 mil pessoas, 35% da população, em Mato Grosso do Sul.
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