Os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Maria do Carmo Lara (PT-MG) acreditam que o Partido dos Trabalhadores saiu fortalecido do 3° congresso realizado pela legenda em seus 27 anos de história.
O evento (leia mais), que durou três dias, começou na sexta-feira (31) e foi encerrado ontem (2). Entre os destaques, ficou decidido que o partido lançará um candidato para as eleições de 2010 para manter a mesma coalizão que há agora em torno do governo Lula.
Embora queira lançar candidato próprio, o partido deixou aberta a possibilidade de apoiar um nome de uma das legendas aliadas, caso a candidatura própria seja inviável.
“Não temos um nome agora e nem é o caso de ter. Como as eleições presidenciais só são em 2010, só lançaremos um nome após 2008”, disse Vaccarezza.
Durante o congresso, também ficou decidido que o PT terá um Código de Ética e que defenderá uma constituinte exclusiva para a reforma política.
“O congresso foi muito bom no sentido de fortalecer o partido e na sua participação na democracia. Apoiamos aquilo que foi possível. Uma vez que o partido é plural e democrático, foi aprovado o resultado das forças políticas”, destacou a deputada Maria do Carmo.
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Para ela, o mais importante do 3° Congresso do PT foi a reflexão feita sobre a postura da legenda. A deputada não acredita, no entanto, que esse debate acarretará mudanças a curto prazo. “O congresso significou um momento de reflexão sobre os 27 anos do partido e isso não se percebe de uma hora para outra”, argumentou.
O deputado Vaccarezza, que foi um dos delegados de seu estado na convenção, concorda com a parlamentar mineira: “O congresso foi extremamente positivo primeiro porque reafirmou a posição do PT como partido democrático, socialista e de lutas, depois porque reafirmou a necessidade de manter a coalizão, mas com candidato próprio, e terceiro porque antecipou o PED [Processo de Eleição Direta], que escolherá a nova direção do PT em todos os níveis”, afirmou.
As eleições internas do PT, conhecidas como PED e que estavam previstas para dezembro de 2008, será realizada entre os dias 2 e 16 de dezembro deste ano. “Com o PED vamos ter um pólo no Planalto e outro no PT. Desse diálogo vão sair as decisões do governo”, defende Vaccarezza.
Ele ressaltou que o congresso não resultou em mudanças significativas, mas sim na reafirmação das posições do PT. “Tanto que a idéia de refundação do partido [levantada antes do congresso] virou pó. Nem tocaram nesse assunto”, destacou. (Soraia Costa)
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