Sylvio Costa
Se as pesquisas mais recentes estiverem apontando na direção correta, o perfil dos governadores que tomarão posse em 1º de janeiro de 2007 será mais "lulista" do que se poderia esperar. Apesar de o PT ter apenas três candidatos na liderança da sucessão nos estados (em Sergipe, no Piauí e no Acre), aliados do presidente Lula alojados em outras legendas estão na dianteira em pelo menos outras oito unidades da federação.
São elas: Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB); Paraná, Roberto Requião (PMDB); Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB); Goiás, Maguito Vilela (PMDB); Maranhão, Roseana Sarney (PFL); Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB); Amazonas, Eduardo Braga (PMDB); e Alagoas, João Lyra (PTB).
Outros quatro candidatos à frente da disputa estadual também estão longe de apresentar perfil realmente oposicionista: Germano Rigotto (PMDB-RS), Blairo Maggi (PPS-MT), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Siqueira Campos (PSDB-TO). Todos eles, por sinal, adotam em suas campanhas uma atitude de distanciamento da corrida presidencial. Não apóiam Lula, mas também evitam atacá-lo.
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Confirmadas as tendências reveladas pelas pesquisas, na hipótese de reeleição de Lula, o núcleo de governadores hostis ao Palácio do Planalto deve se restringir a poucos estados, embora estejam entre eles o mais rico e populoso do Brasil (São Paulo, com José Serra, PSDB) e do Nordeste (Bahia, com Paulo Souto, PFL).
Nem mesmo o tucano e candidato à reeleição Aécio Neves (Minas), que tem chance de se consagrar nas urnas de 1º de outubro como o governador eleito com a maior votação proporcional do país, demonstrou até agora qualquer intenção de perfilar entre os adversários mais ferozes de Lula – com quem, aliás, Aécio sempre manteve bom relacionamento.
Veja, abaixo, outras conclusões obtidas a partir da análise dos rumos da sucessão para os governos estaduais, além de um levantamento atualizado das tendências indicadas pelas pesquisas em cada estado.
O quinhão de cada partido
Como ocorreu no levantamento publicado em junho pelo Congresso em Foco (leia mais), o PMDB continua na frente na disputa pelo governo de nove estados.
O PSDB, antes favorito em quatro estados, agora lidera as pesquisas em sete. O PFL vem em terceiro lugar, com quatro favoritos; seguido pelo PT (três); PPS (dois); e pelo PTB e pelo PSB (um cada).
Não há coerência automática, contudo, entre o posicionamento da cúpula desses partidos na sucessão presidencial e o comportamento de seus candidatos ao governo. Assim, por exemplo, a direção nacional do PSB fechou com Lula. O partido, é verdade, não integra a coligação do presidente-candidato. Mas apóia ativamente sua campanha. O que não impede o ex-senador João Capiberibe (PSB), que pode eleger-se governador do Amapá já no primeiro turno, de confessar a amigos que votará em Heloísa Helena (Psol) para presidente da República.
O mais prejudicado pelos movimentos incertos dos candidatos a governador é o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). Ora ele é simplesmente deixado de lado por correligionários tucanos e aliados pefelistas que não querem arriscar sua sorte carregando um nome que pode dificultar a trajetória rumo à vitória eleitoral. Ora o ex-governador paulista é ostensivamente abandonado (como mostra o apoio informal dado a Lula pelo PFL maranhense).
Lula, enquanto isso, dá-se ao luxo de receber o apoio de vários candidatos a governador do mesmo estado. No Rio, é apoiado por Cabral, Marcelo Crivella (PRB) e Vladimir Palmeira (PT). Em Rondônia, por Amir Lando (PMDB), Carlinhos Camurça (PSB) e Fátima Cleide (PT). No Ceará, por Lúcio Alcântara (PSDB) e Cid Gomes (PSB).
Os campeões de votos
Pode-se falar em favoritos, mas são raros os casos em que as pesquisas possibilitam antecipar, com razoável grau de segurança, quais serão os prováveis vitoriosos.
Entre as exceções, além do já citado Aécio, destacam-se Roseana, no Maranhão, e Paulo Hartung, no Espírito Santo. Todos os três, de acordo com as pesquisas mais recentes, têm acima de 60% das intenções de voto.
Em pelo menos outros oito estados, ainda que sem a mesma vantagem, os líderes das pesquisas apresentam situação confortável: Serra, SP; Cabral, RJ; Lyra, AL; Maguito, GO; José Roberto Arruda (PFL-DF); André Puccinelli (PMDB-MS); Blairo, MT; e Capiberibe, AP.
Em contrapartida, a disputa está bastante apertada em outras unidades federativas. No Rio Grande do Norte, Wilma Faria (PSB), que largou atrás, praticamente encostou em Garibaldi Alves Filho (PMDB). No Rio Grande do Sul, numa eleição que tem tudo para se decidir somente no segundo turno, a briga é entre Rigotto e Olívio Dutra (PT). Em Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) e Marcelo Miranda (PMDB) estão tecnicamente empatados.
Pernambuco é outro estado que promete uma eleição muito disputada. No momento, a grande incógnita é saber quem enfrentará Mendonça Filho (PFL) no segundo turno. Lutam pela vaga dois aliados de Lula, os ex-ministros Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB).
Na Paraíba e em Sergipe, quem pintava como favorito no início da campanha eleitoral (o peemedebista José Maranhão e o pefelista João Alves, respectivamente) vê agora os votos minguarem em favor de outras lideranças (no caso, o governador tucano Cássio Cunha Lima e o ex-prefeito petista Marcelo Déda).
Veja como está a briga pelo voto em cada estado:
Acre – Binho Marques (PT) e Márcio Bittar (PPS) disputam a liderança nas pesquisas. Na última rodada do instituto Data Control, realizada entre 21 e 22 de julho, Binho está na primeira colocação, com 39,7%. Bittar aparece com 34,8%. É preciso ressalvar que o levantamento foi feito apenas na capital, Rio Branco. Nessa pesquisa, apenas outros dois candidatos tiveram pontuação minimamente relevante: Tião Bocalom (PSDB), 6,5%; e José Alex (Prona), 1,8%.
Alagoas - O líder das pesquisas é João Lyra (PTB), com 43% das intenções de voto, segundo o Ibope. Ele vem se mantendo acima dos 42 pontos desde o início das pesquisas. Seu adversário mais próximo é o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB), que teve 27% no levantamento do Ibope, realizado entre os dias 18 e 20 deste mês. Seguem os índices de preferência alcançados pelos demais candidatos: Lenilda Lima (PT), 2%; Ricardo Barbosa (Psol) e Elias Barros (PTN), 1% cada um. Eudo Freire (PSDC), André Paiva (PRTB) e Gerson Guarines (PAN) tiveram menos de 1%.
Amapá – João Capiberibe (PSB) lidera as pesquisas de intenção de votos com 47,8%, contra 35% de Waldez Góes (PDT), segundo apurou o instituto Inpson entre os últimos dias 4 e 6. Os outros candidatos estão com índices menores do que o total de indecisos, brancos e nulos (10,8%). O mais forte deles é o senador Papaléo Paes (PSDB), que conseguiu 5,1% das preferências. Como os votos de Capiberibe são superiores à soma dos votos de todos os demais candidatos (41%), a pesquisa indica vitória do ex-governador e ex-senador no primeiro turno.
Amazonas – A disputa está polarizada entre o ex-governador Amazonino Mendes (PFL) e o atual governador, Eduardo Braga (PMDB), candidato à reeleição. Na última pesquisa realizada pelo instituto local Action Marketing, entre 9 e 11 de agosto, Braga teve 47% das intenções de voto contra 40% de Amazonino. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, obteve apenas 3%. Dados de levantamento anterior, feito entre 27 e 28 de julho por outro instituto (Unisol), sugerem que Braga está se distanciando de Amazonino. Nessa pesquisa, o pefelista teve índice praticamente igual (40,2%), mas o governador atual não havia passado de 39,4%.
Bahia – O pefelista Paulo Souto, candidato à reeleição, continua superando com folga Jaques Wagner (PT), ex-ministro do governo Lula. O ex-senador e atual governador baiano, que concorre ao cargo pela terceira vez, recebeu 52% das intenções de voto em pesquisa realizada pelo Ibope entre os últimos dias 11 e 13. Jaques Wagner teve somente 16%. Apesar da grande distância entre os dois, que asseguraria vitória tranqüila no primeiro turno a Paulo Souto se a eleição fosse hoje, a diferença que o separa de Wagner diminuiu sete pontos percentuais desde os dias 22/24 de julho. Nessa data, conforme o Ibope, Souto tinha 56% e Wagner, 13%, das preferências do eleitorado baiano. Chama atenção, nas eleições para o governo da Bahia, o alto índice de votos brancos, nulos e de indecisos: 27%, conforme a última pesquisa Ibope.
Ceará – As duas pesquisas mais recentes do Ibope e do Datafolha apontam vitória do governador Lúcio Alcântara (PSDB), candidato à reeleição, no primeiro turno. Levantamento realizado pelo Ibope entre 23 e 25 de julho atribuiu a Lúcio 46% das intenções de voto, contra 35% de Cid Gomes (PSB), irmão do ex-ministro Ciro Gomes. Nos dias 7 e 8 de agosto, de acordo com o Datafolha, Cid tinha os mesmos 35%, enquanto Lúcio Alcântara tinha 44% das intenções de voto. Dos demais candidatos, somente Renato Roseno (Psol) teve mais de 1% (com índice de 2%).
Distrito Federal – O candidato do PFL, deputado federal José Roberto Arruda, que renunciou ao mandato de senador por causa do escândalo do painel do Senado Federal, é o líder das pesquisas. Ele tem 47% das intenções de voto, segundo apurou o Ibope entre os últimos dias 8 e 10. A governadora Maria de Lourdes Abadia (PDB), que tenta a reeleição com o apoio do ex-governador Joaquim Roriz (PMDB), teve 19%. Em terceiro lugar, a deputada distrital Arlete Sampaio (PT) conquistou no levantamento 10% das preferências dos eleitores do Distrito Federal. Se a situação não se alterar até 1º de outubro, Arruda ganhará a eleição no primeiro turno. No DF, também é alto o percentual de indecisos e de eleitores que votarão nulo ou em branco: 23%.
Espírito Santo – Tudo aponta para uma reeleição tranqüila do governador Paulo Hartung (PMDB), que é apoiado por uma frente de partidos que reúne desde o PFL até o PT e o PSB. Em pesquisa feita entre 7 e 8 de julho pelo instituto local Futura, ele teve 67,3% das intenções de voto. Seu principal adversário, Sérgio Vidigal (PDT), não passou de 15,4%.
Goiás – O senador e ex-governador Maguito Vilela (PMDB) é líder das pesquisas desde o início da campanha. Segundo levantamento realizado pelo instituto Ecope entre 14 e 20 de julho, Maguito tinha à época 49,8% das intenções de voto. Seu adversário mais próximo, Alcides Rodrigues (PP), não passou de 23%. O senador Demóstenes Torres (PFL) teve 8,8% e Barbosa Neto (PSB), 5,3%. Uma situação que, se não mudar até 1º de outubro, dará a Maguito vitória no primeiro turno.
Maranhão – Os esforços feitos pelo governador José Reinaldo (PSB) para impedir que o estado volte às mãos da família Sarney parecem não produzir resultados. Ele convenceu Edson Vidigal a deixar o Superior Tribunal de Justiça, do qual era presidente, para concorrer ao governo pelo PSB. Também estimula outros candidatos anti-Sarney, como o ex-prefeito de São Luís Jackson Lago (PDT) e o deputado estadual Aderson Lago (PSDB). A julgar pelas pesquisas, porém, será muito difícil a senadora Roseana Sarney (PFL) não vencer a eleição no primeiro turno. Conforme levantamento do Ibope, realizado entre os últimos dias 9 e 11, Roseana tem 63% das intenções de voto; Jackson Lago, 21%; Vidigal, 3%; e Aderson Lago, 1% (pontuação semelhante à de Marcos Silva, do PSTU; João Bentivi, do Prona; e Antônio Aragão, do PSDC.
Mato Grosso – O governador Blairo Maggi (PPS), conforme pesquisas de institutos locais, caminha para a vitória no primeiro turno. Segundo levantamento feito entre os últimos dias 9 e 11 pelo Gazeta Dados, Blairo tem 54% das intenções de voto, contra 15% do senador Antero Paes de Barros (PSDB) e 6% da também senadora Serys Slhessarenko (PT). Tanto o tucano quanto a petista foram acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Já Blairo é acusado por diversas organizações ambientais de permitir, como governador, que o estado alcançasse índices recordes de destruição florestal para abrir áreas destinadas à expansão agrícola.
Mato Grosso do Sul – As pesquisas feitas pelo instituto Tendência indicam vitória no primeiro turno de André Puccinelli (PMDB). De acordo com levantamento feito entre 9 e 12 de julho, ele tem 55,7% das intenções de voto. Na segunda colocação, o senador Delcídio Amaral (PT) alcançou 24,2% das preferências.
Minas Gerais – O governador Aécio Neves (PSDB), neto de Tancredo Neves e candidato à reeleição, tem grandes chances de sair das urnas de 1º de outubro como o candidato ao governo estadual com maior votação proporcional do país. De acordo com pesquisa feita entre 21 e 22 de agosto pelo Datafolha, ele tem 71% das intenções de voto. Seu principal adversário, o ex-ministro Nilmário Miranda (PT), tem 9%.
Pará – O ex-governador e ex-senador Almir Gabriel (PSDB) está na frente, mas poderá ter de enfrentar um segundo turno. Pesquisa realizada pelo Ibope entre os últimos dias 8 e 10 atribuiu a Almir 46% das preferências, contra 42% obtidos pela soma dos votos dos demais candidatos. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, não se pode dizer que o ex-governador garantirá a vitória em primeiro turno. Sua adversária mais forte é a senadora Ana Júlia (PT), com 26%, seguindo-se o ex-prefeito de Belém Edmilson Rodrigues (Psol), com 8%, e José Priante (PMDB), 6%.
Paraíba – Segundo o instituto Consult, o candidato à reeleição Cássio Cunha Lima (PSDB), que nos últimos meses esteve atrás do senador e ex-governador José Maranhão (PMDB), tomou a dianteira na campanha ao governo do estado. Cássio tinha 37,75% das intenções de voto entre os dias 26 e 29 de maio. Em levantamento realizado entre 15 e 18 de agosto, apareceu com 42,5%. No mesmo período, Maranhão caiu de 44,95% para 38%. A diferença está acima da margem de erro (dois pontos percentuais), mas não permite garantir que não haverá segundo turno na Paraíba, embora a soma dos votos dos outros cinco candidatos não chegue sequer a meio ponto percentual.
Paraná – De acordo com pesquisa Ibope divulgada ontem (quarta, 23), o governador Roberto Requião (PMDB) tem chance de se reeleger no primeiro turno. No levantamento, realizado entre 20 e 22 deste mês, 43% dos entrevistados disseram que votarão em Requião. Os votos dos outros candidatos somaram 36%. O principal adversário do atual governador, que também coordena a campanha de Lula na região Sul, é o senador Osmar Dias (PDT), que obteve 26% das intenções de voto. Rubens Bueno (PPS) teve 5% e o senador Flávio Arns (PT), 3% das preferências.
Pernambuco – É quase certo que a eleição será definida no segundo turno. Um dos concorrentes deverá o atual governador, Mendonça Filho (PFL), que lidera as pesquisas há meses. O ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT) e o deputado federal Eduardo Campos (PSB) disputam a outra vaga. Em levantamento realizado pelo Ibope entre os últimos dias 14 e 16, eles tiveram os seguintes índices: Mendonça, 34%; Humberto, 22%; Eduardo, 19%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Piauí – É outro estado em que a disputa pode ir para o segundo turno. Conforme pesquisa Ibope realizada entre 12 e 14 de agosto, a vantagem é do governador Wellington Dias (PT), candidato à reeleição, com 46% das intenções de voto. O senador Mão Santa (PMDB) tem 33%. Firmino Filho (PSDB), 11%. Em simulação de segundo turno feita pelo Ibope, Wellington derrotaria Mão Santa por 52% contra 40% se a eleição fosse hoje.
Rio de Janeiro – O senador Sérgio Cabral (PMDB) mantém a liderança. Pesquisa Datafolha divulgada ontem (quarta, 23) mostra que, se as eleições fossem hoje, ele sairia vitorioso no primeiro turno. Cabral tem 42% das intenções de voto, contra 38% da soma de todos os demais candidatos. Seu principal adversário é o senador Marcelo Crivella (PRB), com 19% das preferências. A deputada federal Denise Frossard (PPS), em ascensão, tem 11%. O deputado Eduardo Paes (PSDB), 3%. Os demais candidatos têm 1% ou menos. O levantamento do Ibope foi realizado entre os últimos dias 21 e 22.
Rio Grande do Norte – É acirrado o embate entre a governadora Wilma Faria (PSB), candidata à reeleição, e o senador e ex-governador Garibaldi Alves Filho (PMDB). O senador, segundo o instituto Certus, tinha uma vantagem de quase 17 pontos percentuais em levantamento realizado entre 8 e 11 de julho. No final do mesmo mês, de acordo com outro instituto (Consult), a diferença havia encurtado para menos de sete pontos. Wilma, que tinha 32,52%, passou a ter 36,35%. Garibaldi caiu de 49,27% para 43,12%. Como a soma dos votos dos demais candidatos não chega nem a 1%, são grandes as possibilidades de a eleição no Rio Grande do Norte se definir no primeiro turno.
Rondônia – A última pesquisa que veio a público foi realizada entre 10 e 18 de junho – mais de dois meses atrás. À época, o governador Ivo Cassol (PPS), candidato à reeleição, tinha, de acordo com o instituto Alvorada, 54,8% das intenções de voto. Os índices dos seus principais adversários eram: Amir Lando (PMDB), 8,8%; Carlinhos Camurça (PSB), 6,2%; e Fátima Cleide (PT), 5,2%. Após a divulgação desses números, Cassol foi envolvido em escândalo de repercussão nacional, relativo a tráfico de influência e troca de favores entre integrantes da cúpula dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) no estado. Não se sabe até que ponto o caso abalou seu favoritismo.
Roraima – É outro estado em que o Congresso em Foco não encontrou dados recentes capazes de fazer um prognóstico minimamente seguro sobre tendências da eleição para o governo do estado. Na última pesquisa divulgada, realizada entre 25 de abril e 2 de maio pelo Ipam, o governador Ottomar Pinto (PSDB), candidato à reeleição, teve 41,2% das intenções de voto. Seu principal concorrente, o senador e ex-ministro da Previdência Romero Jucá (PMDB), 19,2%.
Rio Grande do Sul – A eleição tende a definir somente no segundo turno, reeditando o tradicional confronto regional entre o PMDB do governador Germano Rigotto e o PT do ex-governador e ex-ministro das Cidades Olívio Dutra. Pesquisa realizada entre 2 e 4 de agosto pelo Centro de Pesquisas Correio do Povo (CPCP) mostrou ligeira vantagem em favor de Rigotto, 28% contra 23,1%. A deputada Yeda Crusius (PSDB) teve 12,8%. O também deputado federal Alceu Collares, ex-governador do estado, 8,3%. (PT) com 23% e para facilitar o segundo turno a deputada Yeda Crusyus (PDT) tem 12% . O quadro é totalmente indefinido. Simulação do segundo turno feita pelo instituto Methodus (entre 12 e 14 de julho) indicou vitória do atual governador. Segundo o levantamento, ele teria 46,9% dos votos, contra 39% de Olívio Dutra.
Santa Catarina – Levantamento realizado entre 10 e 12 de julho pelo Ibope indicava grande possibilidade de decisão apenas no segundo turno. O governador Luiz Henrique (PMDB) teve 39% das intenções de voto, contra 31% do ex-governador e ex-senador Espiridião Amin (PP). O ex-ministro da Pesca José Fritsch teve 5% das preferências.
São Paulo – De acordo com as pesquisas, são muito grandes as chances de o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) vencer no primeiro turno a eleição para o governo paulista. Conforme pesquisa Datafolha divulgada ontem, ele tem a preferência de 49% dos eleitores; contra 18% do senador Aloizio Mercadante (PT) e 10% do ex-governador Orestes Quércia (PMDB). Na simulação para o segundo turno, Serra venceria Mercadante por 60% a 29%.
Sergipe – O ex-deputado federal e ex-prefeito de Aracaju Marcelo Déda (PT), a julgar pelas pesquisas mais recentes, ultrapassou o governador João Alves (PFL) na preferência do eleitorado e tem chance de ganhar a eleição no primeiro turno. Segundo o Ibope, entre 1º e 3 de agosto, Déda tinha 44% das intenções de voto, contra 36% de Alves. O instituto Única apurou, no período de 7 a 10 de agosto, uma diferença ainda maior em favor do ex-prefeito: 50,9% a 38,4%. Curioso na eleição no estado é o fato de o Tribunal Regional Eleitoral (TER) ter proibido, a pedido do atual governador, que se torne pública a pesquisa do Ibope cuja divulgação a TV Globo pretende fazer nesta sexta-feira (25).
Tocantins – O governador Marcelo Miranda (PMDB) e o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) travam um confronto de desfecho imprevisível. De acordo com a última pesquisa Ibope, Siqueira tem 44% das intenções de voto e Marcelo, 40%, o que significa empate técnico. Apesar da pequena diferença, como a votação dos demais candidatos deve ser pouco expressiva, a eleição pode se definir no primeiro turno.
Colaborou Walberto Maciel
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