A bancada do PT na Câmara indicou nesta terça-feira (3) o deputado Luiz Couto (PT-PB) para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Casa. Amanhã, deputados elegerão os presidentes das comissões permanentes, cujo mandato é de um ano. O congressista, que é padre, foi suspenso de suas atividades sacerdotais na semana passada por conceder uma entrevista ao Congresso em Foco na qual critica o celibato e defende o uso da camisinha. (leia a íntegra da matéria)
“É uma grande honra representar o partido na Comissão de Direitos Humanos”, afirmou Couto, destacando que ainda não estava eleito para comandar o colegiado. O petista já presidiu o colegiado em 2007.
O parlamentar paraibano ressaltou que sua prioridade à frente da comissão será combater os crimes contra mulheres, crianças e minorias; além de lutar contra o trabalho escravo, grupos de extermínios, e exploração sexual.
Devido a seu trabalho na relatoria da CPI dos Grupos de Extermínio no Nordeste, Luiz Couto sofre ameaças de morte. O parlamentar tenta conseguir proteção da Polícia Federal, que ainda analisa o pedido feito pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
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A CPI funcionou na legislatura passada e pediu o indiciamento de 320 pessoas, entre policiais, promotores, juízes e políticos dos nove estados nordestinos.
Conforme adiantou o Congresso em Foco, a bancada do partido pressionará o ministro da Justiça, Tarso Genro, para garantir a proteção da Polícia Federal para Luiz Couto e ao deputado Fernando Ferro (PT-PE), também ameaçado pelos grupos de extermínio no Nordeste. “Vamos reforçar o pedido”, afirmou o deputado Vicentinho (PT-SP) ao site.
Outras comissões
Além de indicar Luiz Couto para a Comissão de Direitos Humanos, o PT indicou os deputados Vignatti (SC) para presidir a Comissão de Finanças e Tributação; e a deputada Maria do Rosário (RS), para comandar a Comissão de Educação.
Vignatti ressaltou que o atual momento de crise financeira internacional é adequado para o Brasil regular seus sistema financeiro. “Se os Estados Unidos não conseguiram, se a Inglaterra não conseguiu, nós podemos. Temos moral. Nós não quebramos”, afirmou o petista. O deputado também avalia que a reforma tributária também será um tema crucial durante a sua gestão. (Rodolfo Torres)
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