O PT, partido que conta em seus quadros com o presidente Lula, estuda pedir a seus vereadores, deputados e senadores que cobrem "dízimo" dos seus assessores para o caixa do partido. O objetivo da medida, de acordo com o repórter Fábio Zanini, do jornal Folha de S. Paulo, é cobrir a dívida da legenda.
Segundo a contabilidade do próprio PT, 80% dos quase 5.000 filiados com cargos de confiança no governo estão inadimplentes. A dívida acumulada desses funcionários é de R$ 30 milhões, o que representa mais da metade da dívida da sigla, que é de R$ 47 milhões.
O tesoureiro do partido, Paulo Ferreira, sugere a modificação do estatuto para que os petistas detentores de mandatos legislativos recolhessem a contribuição dos funcionários de seus gabinetes.
"A arrecadação da contribuição em seu gabinete passaria a ser uma responsabilidade do mandatário. Evidentemente que teria um tipo de punição se isso não ocorresse", afirmou o tesoureiro. A contribuição pode variar entre 2% e 10% sobre o salário que cada detentor de mandato ou cargo de confiança deve recolher ao partido.
Leia também
Paulo Ferreira afirma que a dívida total do partido, uma herança da gestão Delúbio Soares na tesouraria do PT, é administrável. "Tenho perspectiva de negociação com alguns credores importantes até o final do ano. Na próxima prestação de contas, o PT vai seguramente apresentar resultado operacional positivo", garantiu. (Rodolfo Torres)
Deixe um comentário