Mário Coelho
A líder do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Erika Kokay, entregou na tarde desta terça-feira (12) um requerimento assinado pela bancada do partido pedindo para que todas as empresas envolvidas no mensalão do governador José Roberto Arruda (sem partido) sejam investigadas pela Controladoria Geral da União (CGU). Além disso, os petistas querem que as companhias citadas no inquérito 650DF, que originou a Operação Caixa de Pandora, sejam consideradas inidôneas. Assim, não poderiam mais receber recursos pelos contratos já assinados.
A representação tem como base o fato de mais de 50% do Orçamento do Distrito Federal ser composto pelas verbas do Fundo Constitucional. Atualmente, esse valor está na casa dos R$ 7 bilhões. Por conta disso, os petistas acreditam que a CGU, órgão de controle externo do governo federal, tem autoridade para fazer essa análise nos contratos e colocar as empresas nas lista inidônea, caso sejam comprovadas irregularidades.
Erika foi recebida pelo ministro Luís Navarro, que substitui o presidente da CGU, Jorge Hage, durante as férias. De acordo com o ministro, é possível colocar essas empresas na lista inidônea. Porém, é preciso antes fazer uma análise aprofundada dos contratos delas com o governo do DF. A intenção da bancada do PT é o cancelamento dos compromissos com as empresas. Durante a análise do Orçamento 2010, a oposição tentou bloquear a votação da peça, mas a maioria governista conseguiu aprova-la. De acordo com levantamento da bancada do PT, as seis empresas envolvidas no mensalão do Arruda disputam uma fatia de R$ 500 milhões do Orçamento.
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