Para manter a presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara, o PT busca costurar um acordo com a bancada evangélica e admitiu ter como primeiro vice-presidente do colegiado o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) que chegou a responder ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de homofobia.
Até a semana passada, estava acordado que a CDH seria comandada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS). No entanto, na quarta-feira última (4), o pastor e deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) lançou candidatura própria apoiado pela bancada evangélica da comissão. O PSD, respeitando acordo feito pelas lideranças partidárias, retirou o parlamentar carioca da titularidade da comissão. Uma manobra para impedir que ele se lançasse candidato. Mesmo assim, Sóstenes manteve sua candidatura à presidência da CDH.
Na reunião desta quarta-feira (11), o PT, admitindo que a bancada evangélica tem maioria na comissão (13 dos 18 votos), tenta agora fazer um acordo com os evangélicos, cedendo à bancada evangélica a 1ª e a 2ª vice-presidência do colegiado. A 1ª deve ser ocupada por Feliciano. A 2ª ainda não estava definida até o fechamento desta matéria. “Se precisarem de mim, estou pronto par ao desafio”, disse Feliciano. “Eles são maioria da bancada”, admitiu Pimenta. “Precisamos acabar de discutir religião nesta comissão”, complementou em seguida.
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O deputado Sóstenes Cavalcante afirmou que ainda não retirou sua candidatura e que não faz acordo com o PT. No entanto, ele precisa conseguir uma indicação de bancada para voltar a ser um dos titulares da CDH. A bancada evangélica também tenta costurar uma outra candidatura encabeçada por Beto Salame (Pros-PA).
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