Depois da derrota do governo na votação do Código Florestal na Câmara, no início do ano, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), ficou um tempo queimado com o governo. No encaminhamento da votação, Henrique ignorou as orientações do governo. E, em um discurso, peitou a presidenta Dilma Rousseff: “Eu não sou aliado do governo. Eu sou governo”.
Dilma não gostou do desafio, e durante um período fragilizou-se o acordo feito pelo PMDB e pelo PT na eleição de Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara. Pelo acordo, o PMDB votaria em Marco Maia e, na eleição seguinte, que acontecerá em fevereiro de 2013, o PT apoiaria a eleição de Henrique Eduardo Alves. Com o desagrado de Dilma, chegou-se a discutir opções. Para o PT, porém, o problema de Henrique Alves está superado: na noite de ontem (7), num jantar de confraternização da bancada do PMDB na casa do deputado Luiz Pittmann (PMDB-DF), o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), em um discurso, foi claro: “O PT reafirma seu compromisso de apoiar Henrique Eduardo Alves como o próximo presidente da Câmara”.
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Segundo comenta Paulo Teixeira, não há da parte do PT qualquer restrição atualmente ao nome de Henrique Eduardo Alves para presidir a Câmara. Se a candidatura de Henrique ainda não está 100% fechada, isso refere-se a problemas internos no próprio PMDB, e não por alguma resistência petista.
Aos 63 anos, Henrique Eduardo Alves é o deputado mais antigo da Câmara. Ele é deputado federal há mais de 40 anos. Está no seu 11o mandato consecutivo.
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