Os participantes do 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores aprovaram hoje (3) o texto-base da resolução política da Executiva Nacional, um documento de 27 páginas que resume as atuais bandeiras da legenda. A proposta foi aprovada por aproximadamente 98% dos votos dos delegados, mas ainda poderá receber emendas das chapas que participam do evento. O texto final será votado amanhã, quando se encerra o encontro.
A resolução apresenta críticas à mídia e defende a candidatura própria do PT à prefeitura das principais capitais em 2012. “O PT priorizará o lançamento de candidaturas próprias nas principais cidades do país, nas cidades em que governa e onde representa a melhor chance de vitória no campo progressista”, afirma o texto.
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Apesar de ressaltar a possibilidade de o partido apoiar candidatos de legendas que apoiam a presidenta Dilma, a política de alianças é o ponto mais divergente do documento. “Como partido que busca alianças para suas vitórias, o PT poderá também apoiar candidaturas de outros partidos governistas”, afirma o texto.
Na parte em que cita a mídia, a resolução afirma o compromisso do partido em resguardar a liberdade de imprensa, mas ressalta que “o jornalismo marrom de certos veículos, que às vezes chega a práticas ilegais, deve ser responsabilizado toda vez que falsear os fatos ou distorcer as informações para caluniar, injuriar ou difamar”. “A inexistência de uma Lei de Imprensa, a não regulamentação dos artigos da Constituição que tratam da propriedade cruzada de meios, o desrespeito aos direitos humanos presente na mídia, o domínio midiático por certos grupos econômicos tolhem a democracia, silenciam vozes, marginalizam multidões, enfim criam um clima de imposição de uma única versão para o Brasil”, sustenta o documento.
A resolução diz ainda, que a oposição, “apoiada – ou dirigida – pela conspiração midiática que tentou sem êxito derrubar o presidente Lula, apresenta-se agora propondo à presidenta Dilma que faça uma ‘faxina no governo’ e tenta ‘dissolver a base parlamentar do governo, a fim de bloquear suas iniciativas e neutralizar seus avanços programáticos’. O termo “faxina” ficou comum após as demissões de servidores iniciadas pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes, com as denúncias de irregularidades.
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