A fim de tentar evitar que as denúncias de caixa dois atinjam o Palácio do Planalto, o PT deve divulgar, ainda hoje, uma nota em que vai sustentar que a operação é de inteira responsabilidade dos dirigentes da gestão anterior do PT. Na nota, a Executiva Nacional petista admite que o pagamento de R$ 1 milhão feito à Coteminas, empresa pertencente ao vice-presidente José Alencar, saiu do caixa dois do partido montado para cobrir despesas de campanha no ano passado, mas vai tentar imputar a culpa na gestão precedente.
"Não é nada de novo. É caixa dois. Tem a ver com as práticas informais da gestão anterior", afirmou o secretário nacional de Finanças do partido, Paulo Ferreira. O dinheiro foi levado em espécie a uma agência do Bradesco no dia 17 de maio deste ano por uma mulher ainda não identificada. Suspeita-se que ela seja Solange Pereira Oliveira, assessora do então tesoureiro do PT na época do depósito, Delúbio Soares. O secretário nacional de Finanças do partido, contudo, não confirmou a informação.
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