Mário Coelho
O PT abriu mão nesta terça-feira (15) de reivindicar a Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado. A decisão saiu após reunião da bancada de senadores no início da tarde. A expectativa agora é que os tucanos fiquem com o comando do colegiado pelos próximos dois anos. Pela manhã, em encontro dos líderes da base, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), pediu que os partidos definissem os integrantes até amanhã (16).
O impasse maior era justamente na Comissão de Infraestrutura (CI), disputada por petistas e tucanos. Pela manhã, o líder do PT, Humberto Costa (PE), havia dito que o partido não desistiria da comissão. No entanto, durante a reunião de líderes da base, o PMDB deixou claro que não abriria mão da proporcionalidade de partidos. Os pemedebistas formam a maior bancada do Senado, atualmente com 19 senadores.
Já o PT tem 15. Pelo critério das bancadas, o PMDB teria preferência na escolha das comissões. No entanto, os petistas formaram um bloco de 30 parlamentares, com PR, PDT, PSB, PCdoB e PRB, com a intenção de assumir os principais colegiados da Casa. Com a desistência da CI, o PT deve ficar com a comissões de Assuntos Econômicos (CAE); Meio Ambiente, Fiscalização e Controle (CMA); Agricultura (CA); e Assuntos Sociais (CAS).
“O PT abriu mão da CI para facilitar o entendimento. Não tinha outra forma de resolver o impasse”, afirmou o senador Lindberg Farias (PT-RJ), após a reunião da bancada. Ele lembrou que o critério de bloco favorece o partido. Apesar de aceitarem o acordo, os petistas reclamaram da atual divisão de comissões. “O PT está ficando com espaço político menor que a sua bancada”, disparou. Estreante no Senado, Lindberg reivindicava o comando do colegiado.
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