Caso o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), insista em presidir a sessão de votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, Psol, PPS, DEM e PSDB planejam causar a ele o máximo de constrangimento possível.
"Ficarmos todos de costas para ele pode ser um dos gestos que faremos", avisa o deputado Chico Alencar (Psol-RJ). Se o constrangimento não funcionar, a idéia é começar uma seqüência de obstruções, discursos de protesto e pedidos de votações nominais de cada destaque. "Mas nada que fira o decoro parlamentar", garante.
Renan responde, no Conselho de Ética do Senado, a uma representação por quebra de decoro parlamentar proposta pelo Psol. Ele é acusado de aceitar que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagasse a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso. "Ele é a crise. Ele é a instabilidade", constata Chico Alencar.
A votação da LDO é pré-requisito para o início do recesso parlamentar, marcado para começar no próximo dia 16. Renan, porém, quer protelar a realização da sessão do Congresso justamente para evitar protestos. Na prática, mesmo sem a apreciação da LDO, deputados e senadores parariam de trabalhar, em uma espécie de recesso branco. (Carol Ferrare)
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