A bancada do Psol no Congresso Nacional entrará com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), devido aos atos de violência policial na repressão ao protesto de professores em Curitiba. Mais de 200 manifestantes e 20 policiais ficaram feridos ontem (29) no confronto em frente à sede do governo paranaense, o Palácio Iguaçu.
O partido quer que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apure as responsabilidades penal, civil e administrativa de todos os envolvidos nos atos, especialmente do governador tucano. Cabe à PGR solicitar ao Superior Tribunal de Justiça autorização para investigar governadores.
“Não podemos naturalizar as atrocidades. Uma ação tão desmedida da autoridade policial, com aval do governador, é um atentado não apenas às pessoas, mas à própria lei”, afirmou o líder do Psol na Câmara, Chico Alencar. “O Ministério Público, que é o fiscal da ordem jurídica democrática, precisa apurar as responsabilidades pela barbárie”, acrescentou.
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Candidata do partido à Presidência da República, a ex-deputada Luciana Genro divulgou em seu perfil no Facebook mensagem em que chama Beto Richa de “Hitler do Paraná”.
“Essa repressão brutal só vai aumentar ainda mais o ânimo de luta dos professores, que com certeza terão o apoio da população do Paraná diante dessa brutalidade em defesa da educação, em defesa do direito dos professores”, afirmou Luciana.
Em nota divulgada ontem, o governo do Paraná atribuiu a ação da polícia ao “radicalismo” e à “irracionalidade” de “pessoas mascaradas e armadas com pedras, bombas de artifício, paus e barras de ferro”, identificadas como “black-blocs”.
Nesta quinta-feira (30), um grupo de manifestantes tentou invadir a Assembleia Legislativa e o Palácio Iguaçu, em apoio aos professores. Cerca de 2 mil pessoas participam da manifestação, segundo a PM.
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