O Psol apresentou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar representação contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) por quebra de decoro parlamentar, em função das denúncias de envolvimento dele com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal. No documento, o Psol destaca que os negócios suspeitos incluem transferências bancárias de mais de R$ 200 mil.
A representação tem como base a transcrição de diálogos divulgados pela imprensa e que seriam do deputado com o doleiro. O líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), disse que a representação entregue ao presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), se assemelha à feita por outras legendas contra o deputado André Vargas (sem partido-PR), porque se trata do mesmo ator – o doleiro.
O Psol baseia a representação também em matérias publicadas pela imprensa tratando do envolvimento de Argôlo com o doleiro, de transações financeiras entre os dois, transferência de dinheiro para a conta de assessor do deputado e também para o pagamento de dois caminhões de garrotes para o parlamentar baiano. Luiz Argôlo já é investigado pela Corregedoria da Câmara sobre as denúncias de envolvimento com Youssef.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que a representação de hoje é mais completa do que a apresentada à Corregedoria e que ela contém novas denúncias contra o parlamentar. “Há indícios muito robustos de que o deputado Luiz Argôlo recebeu vantagens indevidas e quebrou o decoro parlamentar”, disse Chico Alencar.
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Após receber a representação, o presidente do conselho convocou reunião do colegiado para a próxima semana, quando irá fazer o sorteio dos três relatores para então escolher um, que será encarregado da elaboração do parecer preliminar contra Argôlo. Izar prometeu aos representantes do Psol que o conselho irá dar celeridade ao processo, obedecendo aos prazos regimentais.
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