Os parlamentares do Psol anunciaram, há pouco, que o partido entrará com representação no Conselho de Ética do Senado contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) na próxima quinta-feira (28).
Na ocasião a presidente do partido, ex-senadora Heloísa Helena, virá a Brasília protocolar, pessoalmente, o requerimento de abertura de processo para verificar se o senador quebrou o decoro parlamentar e recebeu dinheiro ilícito.
A representação foi motivada após a divulgação de uma conversa entre Roriz e o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura, preso durante a Operação Aquarela da Polícia Civil do DF.
O senador José Nery, único representante do Psol na Casa, disse que foi superado o medo de a representação contra Roriz ofuscar as investigações do Conselho de Ética sobre o caso Renan Calheiros. “Não tenho medo de se perder o foco. O que devemos é atacar a corrupção venha de onde vier”, afirmou.
Segundo Nery o Conselho de Ética será “monitorado para que nenhum fato grave seja varrido para debaixo do tapete”.
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Antipatia
Mais cedo, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que o ânimo dos parlamentares para investigar Roriz está sendo maior do que no caso de Renan Calheiros (leia mais), pois Roriz tem a antipatia de diversos partidos.
Isso porque durante seus quatro mandatos como governador do Distrito Federal, Roriz cultivou a antipatia do PT, seu adversário clássico nas disputas eleitorais. Nas eleições passadas, Roriz deixou o Governo do DF para disputar a vaga no Senado. Antes da campanha, ele havia prometido apoiar sua vice, a tucana Maria de Lourdes Abadia, mas durante a disputa, ele acabou se mostrando simpático à eleição do atual governador, José Roberto Arruda (DEM-DF), despertando a ira do PSDB. (Soraia Costa)
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