Apenas o estado de São Paulo poderia economizar até R$700 milhões caso a Câmara já tivesse votado o Projeto de Lei 7227/06, elaborado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e já aprovado no Senado. Quem garante é o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que, durante esta semana, pretende reunir 257 assinaturas para incluir na pauta de votações a proposta que prevê que interrogatórios e audiências judiciais de presos aconteçam por meio de videoconferência.
"A escolta de um preso custa cerca de R$ 2,5 mil. Apenas são Paulo gasta R$ 700 milhões em um ano com o transporte de presos. A dimensão desse valor fica clara se considerarmos que o investimento federal em escolas públicas em um ano é R$ 1,4 bilhão", exemplifica Otávio Leite. O parlamenter cita, como exemplo de gasto desnecessário, a viagem de Fernandinho Beira-Mar do Paraná para o Rio de Janeiro para participar de uma audiência judicial. O traficante passou antes pelo Espírito Santo, num procedimento de transferência sigiloso e caro.
Como não há previsão de votação da proposta, que chegou à Câmara em junho de 2006, o deputado precisa reunir as 257 assinaturas para protocolar um requerimento de inclusão na Ordem do Dia. Normalmente, a pauta de votações é decidida pela presidência da Câmara em conjunto com as lideranças partidárias, mas o regimento prevê a possibilidade de os parlamentares exigirem a votação de um projeto em caso de relevante e inadiável interesse nacional. (Carol Ferrare)
Leia também
Deixe um comentário