O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou hoje (7) ao Congresso em Foco que seu partido não irá recuar da decisão de rejeitar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "A decisão do PSDB foi terminativa. Seria uma desmoralização se o partido voltasse atrás", argumentou.
Para o senador, nem a pressão dos governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais) mudará a posição da bancada. Os dois tucanos são pré-candidatos à presidência da República e já se posicionaram a favor da CPMF. "Falam muito do apoio dos governadores, mas a próprio PSDB paulista já se posicionou contra o tributo", exemplificou Alvaro Dias.
Hoje o presidente Lula deve ir a Belo Horizonte para conversar com Aécio Neves em uma tentativa de reverter a decisão do PSDB. O governo estuda uma maneira de compensar os estados com as perdas que serão decorrentes do desconto da CPMF no Imposto de Renda.
De acordo com a proposta apresentada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os contribuintes com renda até R$ 4.340 receberiam o valor pago em CPMF por meio de descontos no Imposto de Renda e na contribuição ao INSS. Aqueles com renda mensal acima dessa faixa receberiam um desconto de R$ 214 em suas declarações.
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"O líder do PSDB (Arthur Virgílio) foi taxativo ao dizer que o governo esperasse sentado por um acordo nesses termos. Ninguém está autorizado a ir contra a decisão de ontem da bancada", garantiu Alvaro.
Sem o apoio do PSDB, o governo corre o risco de perder os R$ 40 bilhões que recebe anualmente com a arrecadação da CPMF. Isso porque, para a CPMF continuar valendo, precisa ter sua prorrogação aprovada por pelo menos 49 senadores. Número que o governo não dispõe dentro da base governista, já que há resistência entre os próprios aliados à proposta. (Soraia Costa)
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