O PSDB formalizou hoje o apoio à candidatura do senador José Agripino Maia (PFL-RN) à presidência do Senado. O senador Tasso Jereissati (CE), presidente nacional do PSDB, disse que Agripino será o candidato da oposição para se opor ao governo federal.
"Tudo indica que nós temos condições de eleger o novo presidente e, agora, vamos entrar na campanha dispostos a ajudar para que haja um presidente do Senado que defenda a independência total da Casa", disse Tasso.
De acordo com o senador tucano, a oposição reivindica a presidência do Senado para demarcar posição contra o "aparelhamento da máquina pública pelo Executivo sem nenhum escrúpulo".
Na opinião do parlamentar cearense, a oposição precisa "dar equilíbrio à democracia" para que o presidente Lula não tenha hegemonia no Congresso Nacional. Segundo reportagem de Gabriela Guerreiro, da Folha Online, Tasso negou, no entanto, que o apoio a Agripino represente um rompimento com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que vai disputar a reeleição. "Não me queixo da forma como ele conduz o Senado, no entanto ele representa a situação, o governo federal", disse.
Tasso afirmou que, de acordo com sondagens de Agripino, o senador pefelista está perto de conseguir os 41 votos necessários para se eleger presidente do Senado. Entretanto, o tucano reconheceu que o apoio do PDT será fundamental para garantir a eleição do senador potiguar.
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"Se o PDT apoiar o Renan na sua totalidade, vai trazer desequilíbrio. Contamos com o apoio de pelo menos da grande maioria do PDT. Também acreditamos em dissidências dentro do PMDB", afirmou Tasso. Ainda de acordo com a reportagem da Folha Online, Jereissati ainda afirmou que a oposição vai insistir na candidatura de Agripino somente por ter certeza de que o pefelista poderá sair vencedor. "Não vale a pena se for uma aventura porque a Casa tem tradição do consenso". "Há um entendimento entre o Agripino e o Renan que a disputa se dará somente na presidência", complementou.
José Agripino comemorou o apoio dos tucanos e disse que vai lutar para garantir o comando do Senado à oposição. "Eu saio muito feliz porque é conseqüência da relação que tenho com o PSDB há quatro anos. Recebo apoio à nossa candidatura que não é do PFL, é da oposição", declarou Agripino.
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