O pedido de destituição do deputado Leonardo Picciani (RJ) da liderança do PMDB na Câmara foi articulado por parlamentares do Democratas e do PSDB, além da ala oposicionista da própria legenda.
A saída do líder tem duas justificativas: ele é contra o impeachment da presidente Dilma Rouseff e criticou abertamente a carta-desabafo que o vice Michel Temer mandou para a petista. “Mais importante que a escolha dos nomes para a comissão processante é a saída de Picciani do cargo. Ele se atrelou ao Planalto”, disse um deputado do DEM.
A ala oposicionista do PMDB protocolou no final da manhã desta quarta-feira na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara o pedido de destituição de Picciani do cargo. Nem mesmo a chegada de emergência e dois deputados ligados ao líder – Pedro Paulo, que deixou a secretaria de Governo do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e Marco Antônio Cabral, que saiu da secretaria de Esportes do governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, aliviou a situação de Picciani.
O documento da ala oposicionista da bancada do PMDB na Câmara tem mais de 30 assinaturas. O grupo defende a condução do mineiro Leonardo Quintão à liderança. Mas o ainda líder Picciani articula outro documento elaborado pela banda governista da legenda propondo a sua permanência no posto.
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), eleito com o apoio de Picciani e seu ex-aliado, apoia a destituição do líder. O Palácio do Planalto também entrou na briga para manter a liderança com o deputado fluminense.
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