Thomaz Pires
O PSDB centrou sua propaganda eleitoral desta quinta-feira (2) no escândalo do vazamento de informações da Receita Federal. Como já previsto, os tucanos sinalizaram que deverão aumentar a temperatura na repercussão da quebra de sigilo fiscal de Veronica Serra, filha do candidato José Serra, na tentativa de reverter a desvantagem na corrida eleitoral.
Com um tom mais incisivo, o apresentador do programa dos tucanos partiu para o ataque. A tentativa foi convencer o eleitorado de que mais uma vez a legenda vem sofrendo ações de ataques e espionagem por parte do PT. Foram mostrados trechos de reportagens publicados nesta quinta-feira, além de ser feita uma alusão ao caso da quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que derrubou o ex-ministro da fazenda, Atônio Polocci.
O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, comentou nesta tarde a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. A publicação revela que a cúpula da Receita já tinha conhecimento do vazamento das informações fiscais da filha de Serra e teria encampado uma “operação abafa” para evitar o escândalo. Segundo Eduardo Jorge, a corregedoria do fisco também protelou as investigações sobre as quebras de sigilo de outras pessoas ligadas ao candidato José Serra (PSDB) para proteger o PT.
Na avaliação de Eduardo Jorge, todos os procedimentos que poderiam ter sido tomados rapidamente foram adiados. E medidas que deveriam ser adotadas com mais empenho foram feitas de qualquer maneira, o que confirma ainda mais as intenções da alta cúpula da Receita em abafar o caso.
A Receita confirmou que a declaração de renda de Verônica Serra, referente aos exercícios de 2007 e 2009, foram acessadas com documentos falsos. As informações foram solicitadas por Antonio Caros Atella Ferreira, que se apresentou como procurador de Verônica. Outras quatro pessoas ligadas a Serra tiveram seus sigilos violados na região, entre eles o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge.
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