Um dos partidos cotados para compor a chapa em outubro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSB decidiu adiar para depois do carnaval a decisão sobre sucessão presidencial. A decisão foi anunciada hoje pelo líder do partido na Câmara, Renato Casagrande (ES).
Segundo Casagrande, a Executiva do PSB já decidiu que o partido não lançará o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, à presidência da República. “Não tem qualquer chance. O Ciro tem um compromisso com o presidente Lula”, afirmou Casagrande. A Executiva anuncia sua decisão no dia 7 de março.
Verticalização socialista
O líder do PSB disse estar confiante que no prazo mais rápido possível o Congresso vai promulgar a proposta de emenda à Constituição que acaba com a obrigatoriedade da verticalização nas coligações. A regra, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2002, obriga os partidos em nível regional a seguirem as coligações feitas pelas alianças presidenciais.
“Estamos só esperando uma resposta do Supremo (Tribunal Federal). Depois a PEC vai ser promulgada e tenho certeza de que ela já passará a valer para as eleições deste ano”, disse Casagrande.
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O PSB tem condicionado o seu apoio à reeleição de Lula à derrubada da verticalização. “Hoje o apoio à candidatura de Lula é uma tendência dentro do partido. Mas apenas isto, uma tendência. Ainda não é uma decisão fechada. Se a verticalização não cair, o cenário muda”, explicou o líder.
Segundo Casagrande, a declaração de Ciro, que ontem disse acreditar que o presidente deve buscar o nome do vice para compor a sua chapa no PMDB, não reflete a posição partidária do PSB. “Ele falou por ele. Esta é uma questão que não está em discussão no partido. Vice é a última coisa que a gente define. O nome só deve sair em junho ou julho”, afirmou.
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