O delegado federal Protógenes Queiroz negou há pouco, na CPI dos Grampos, ter sofrido pressão durante a realização da Operação Satiagraha. O delegado, no entanto, adiantou que as dificuldades encontradas no decorrer da operação, por serem objeto de uma investigação, ainda não poderão ser esclarecidas.
“Não posso mencionar que houve alguma pressão. Também não posso responder porque está sob investigação, mas cabe ao Ministério Público e ao Judiciário responderem à sociedade”, disse.
O delegado ressaltou, entretanto, que as investigações sobre os problemas encontrados no exercício da operação não recaem sobre nenhuma autoridade.
Quanto à sua saída da coordenação das investigações, Protógenes reafirmou que a realização do curso de oficial já era previsto. Durante os esclarecimentos prestados aos parlamentares, o delegado comentou as prisões realizadas na Operação Satiagraha e a ação do Judiciário que autorizou a soltura dos investigados 72 horas depois.
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“Não vou esmorecer se o Judiciário revogar aquela prisão. Faz parte de todo o arcabouço judiciário que temos que respeitar”, ponderou.
No dia 8 de julho, a Operação Satiaghara prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo (1997-2000) Celso Pitta, entre outros. Na mesma semana, por intervenção do presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), ministro Gilmar Mendes, todos foram soltos.
O depoimento de Protógenes foi suspenso há pouco para que os deputados votassem destaques à MP 432/08, que trata da renegociação da dívida rural. (Erich Decat)
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