Lançada em 23 de agosto de 2013, o Eu Participo propõe a discussão direta entre internautas e parlamentares. Assim, qualquer vereador, deputado estadual, distrital, federal e senador pode se cadastrar no site e receber sugestões e interagir diretamente com a população sobre votações, elaboração de projetos de lei, pronunciamentos, e toda sorte de assuntos envolvendo o mandato.
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Marcelo, que também é especialista em Teoria da Imagem e da Comunicação, explica que o objetivo “é criar uma experiência que potencialize o rancor da população com a política” para haver mudanças sociais reais. “Não existe experiência efetiva para fiscalizar o Legislativo. Trata-se do controle social sobre o voto parlamentar”, resume.
No entanto, ele reconhece que, para funcionar, é preciso que os parlamentares se cadastrem e abram seus mandatos aos cidadãos. Atualmente, sete deputados federais já fazem parte do Eu Participo. São eles: Artur Bruno (PT-CE), Eudes Xavier (PT-CE), Glauber Braga (PSB-RJ), João Ananias (PCdoB-CE), Jô Morais (PCdoB-MG), José Airton (PT-CE) e Roberto Freire (PPS-SP). Dentre os senadores, dois aderiram até o momento: Ana Rita (PT-ES) e Pedro Simon (PMDB-RS).
O especialista veio a Brasília no início de outubro a convite do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para expor o projeto durante o encontro internacional “Juventud y Participación Política en la Toma de Decisiones Públicas”.
Critério
Na capital federal, ele aproveitou para apresentar o Eu Participo nos gabinetes da Câmara e do Senado. Como critério para a visita aos parlamentares, Marcelo buscou a composição das comissões de Legislação Participativa das duas Casas e os indicados no Prêmio Congresso em Foco. “Nem todos são ruins. E o prêmio mostra isso”, reforça.
“A recepção foi muito boa, no Senado principalmente. E, além dos nove que já entraram, mais de 30 parlamentares ‘apalavraram’ que entrarão o quanto antes”, complementa.
O sociólogo ressalta que duas audiências sobre o tema devem ocorrer nas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado; e de Legislação Participativa da Câmara. “Acredito que vai dá certo, e que devem ocorrer até o fim de novembro”, afirma.
Por fim, Marcelo garante que não pretende vender a proposta e que doaria, a custo zero, toda a tecnologia para torná-la um instrumento institucional do Congresso. “O Eu Participo é um estudo empírico, sem fins lucrativos”, destaca. “Dia 23 de outubro colocaremos no ar várias melhorias no site. Vai ficar mais legal”, assegura.
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