Além dos desfiles cívicos em comemoração ao Dia da Independência, diversas manifestações contra a corrupção ocorreram em todo o Brasil. A principal delas foi em Brasília, onde 25 mil pessoas participaram participaram de uma marcha na Esplanada dos Ministérios. Em outras capitais, como São Paulo, Porto Alegre e Belém, também houve protestos pela moralidade na política.
Na capital paulista, cerca de 500 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participaram do protesto anticorrupção organizado pela rede social Facebook na avenida Paulista. O ato, que não teve a presença de manifestantes com bandeiras de partidos, protestou principalmente contra a classe política em geral. “Não é mole, não, no Congresso só tem político ladrão”, gritaram.
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Em Porto Alegre, o protesto começou na Avenida Loureiro da Silva, no centro da capital gaúcha. Segundo a Brigada Militar, quando saíram do ponto de encontro, os manifestantes somavam cerca de 300 pessoas. Depois, com gritos de protestos, começaram a chamar para a passeata quem assistia ao desfile cívico e agregar novos integrantes à marcha.
O mesmo público, de acordo com a Polícia Militar do Pará, participou da marcha contra a corrupção em Belém. O número de manifestantes foi menor que o esperado, segundo a organização do evento. Além de criticar a corrupção no país, o movimento serviu de alerta contra as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte e contra a divisão do Estado.
Aproximadamente 300 manifestações foram convocadas pela internet para este Dia da Independência em todo o Brasil. Algumas delas contavam com milhares de confirmações. A maioria das manifestações foi chamada pelo Facebook. Mas também foi possível acompanhar a preparação pelo Orkut e pelo Twitter. Na rede de microblogs, os chamados são feitos por meio de expressões como #todoscontraacorrupcao, #lutopeloBrasil e #setembronegro.
Internautas tentam ganhar as ruas contra corrupção
Excluídos
O 7 de Setembro em Brasília foi movimentado. Além do desfile cívico e da marcha contra a corrupção, ocorreu a 17ª edição do Grito dos Excluídos. De acordo com o representante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Aparecido Ramos, cerca de 3 mil pessoas participaram do protesto. Os manifestantes se concentraram às 10h em frente à Catedral Metropolitana.
Com o lema “Pela Vida Grita a Terra. Por Direitos, Todos Nós”, os protestos tiveram como alvo os escândalos de corrupção, os megaprojetos na Amazônia, as mudanças no Código Florestal e até as obras para a Copa do Mundo de 2014. Em São Paulo, o Grito dos Excluídos começou com uma missa na Catedral da Sé. Depois do ato religioso, cerca de 300 pessoas seguiram em passeata em direção ao Monumento da Independência, no Ipiranga.
Este ano a manifestação defendeu a vida humana e a natureza, reunindo movimentos sociais e pastorais sociais, que procuraram chamar a atenção da sociedade para a luta contra as drogas e a corrupção, e a favor da reforma política, entre outros assuntos. O Grito dos Excluídos é organizado pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), por diversos movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Ameaçados por Barragens (Moab), pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo e pela Campanha Jubileu Brasil.
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